Brasil

Lama da Samarco chega ao oceano

Publicado em 22/11/2015, às 07h26      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

 
A mancha de rejeitos da mineradora Samarco que tomou conta do Rio Doce chegou neste sábado (21), ao oceano, 16 dias depois do rompimento da  barragens da empresa em Mariana (MG). A onda de lama percorreu mais de 650 quilômetros nesse período, deixando um rastro de mortes e destruição pelo caminho.
 
A linha de frente da mancha, composta de um material mais leve e fino, tocou as ondas do litoral de Regência, um distrito do município de Linhares (ES), no fim da tarde. Atrás dela vem uma enxurrada de lama mais pesada, que deixa a água do rio com o aspecto de um leite achocolatado.
 
O rio deságua no mar em Linhares, cidade que fica no norte do Espírito Santo. Foi montada uma barreira para tentar conter os rejeitos de minério, que correm o rio após o rompimento de barragens em Mariana (MG).
 
Os governos de Minas e do Espírito Santo se articulam para entrar com ação conjunta na Justiça contra a mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billinton, por causa dos danos causados pelo rompimento das barragens.
 
O desastre ambiental em Mariana, considerado o maior já ocorrido no Brasil, deixou, até agora, oito mortos. Quatro corpos ainda não foram identificados e 11 pessoas, entre moradores e empregados da Samarco, estão desaparecidas.
 
A lama que vazou com a queda das barragens, depois de destruir Bento Rodrigues (MG), atingiu o Rio Doce via afluentes, chegando ao Espírito Santo.
A onda de lama tem levado destruição à biodiversidade do Rio Doce, desde o município homônimo em Minas, onde nasce.
 
 

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