Meninas com idades entre 14 e 19 anos foram flagradas pelas lentes do Agora vendendo o corpo para motoristas e caminhoneiros que trafegam próximos ao Viaduto Paulo Souto, perímetro urbano de Itabuna. Durante o dia ou a noite, elas ficam despidas e oferecem sexo oral por até R$ 5. Caso o “cliente” queira algo a mais o valor pode chegar a R$ 20.
O repórter Oziel Aragão buscou respostas para o que pode ser considerado o "câncer" das BRs que cortam Itabuna e região sul da Bahia. Foi constatado que a polícia e o Judiciário estão de mãos amarradas e vulneráveis pela falta de estrutura e casas especializadas para o tratamento das menores apreendidas.
As duas jovens falam abertamente sobre o caso e sem nenhum receio afirmam que estão ali na pista por que querem. Indagadas se o dinheiro paga pelos exploradores seria para comprar drogas, um nega, mas a outra admite.
De acordo com o inspetor Marcus Vinicius, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pelas regiões sul e parte do extremo sul baiano, são vários os pontos vulneráveis de prostituição infantil, e a maioria das vezes bares à margem da rodovia servem como prostíbulos. "Nesses bares o cara que aceita o sexo fácil encontra uma cama e um quarto para a prática criminosa”, explica. As autoridades acreditam que as adolescentes que iniciam a vida na prostituição são vítimas de violência doméstica ou falta de estrutura familiar.
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