Após o pedido de vista regimental da desembargadora Rita de Cássia Filgueiras, o resultado do recurso de apelação dos integrantes da banda de pagode New Hit foi adiado para o dia 29 de agosto. O julgamento aconteceu na tarde desta terça-feira (15) no Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia.
O relator do processo, o desembargador Lourival Trindade e o presidente da sessão Pedro Guerra, votaram pela condenação de oito réus a 10 anos em regime fechado para Alan Aragão, Edson Bomfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Wenslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias, e absolvição do segurança Carlos Frederico Santos de Aragão e do integrante do grupo, Jeferson Pinto dos Santos, por falta de prova. O revisor, Nilson Castelo Branco, acompanhou o voto do relator, mas, com o pedido de vista da desembargadora, Abelardo Paulo da Mata e Paulo Guerra não deram seus votos e aguardam até a próxima sessão para se manifestarem.
A desembargadora Rita de Cássia justificou o pedido de vista e afirmou que não dúvida do voto do relator, mas precisa analisar melhor as provas. "Preciso esclarecer pra mim mesma alguns pontos. No dia 29 darei meu voto, um processo como esse é difícil não só do ponto de vista jurídico, mas do ponto de vista pessoal".
Mesmo com o pedido de absolvição para o segurança, o advogado da Carlos Frederico, Dinoermeson Tiago Nascimento, afirmou que o pedido da defesa era pela negativa de autoria e não por absolvição por falta de provas.
O Caso
De acordo com o Ministério Público, no dia 26 de agosto de 2012, no centro da cidade de Ruy Barbosa, a 320 quilômetros de Salvador, os integrantes do extinto grupo de pagode New Hit teriam abusado sexualmente de duas adolescentes que tinham 16 anos à época. O estupro teria ocorrido após os músicos receberem as jovens para sessão de fotos no ônibus da banda.
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