Justiça
Publicado em 23/10/2017, às 14h12 Marcelo Camargo/Agência Brasil Redação BNews
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu manter com o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato na corte, um inquérito que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o seu pai, o vereador do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM).
Fachin havia concordado com um pedido da defesa para que o processo ganhasse um novo relator, mas deixou a decisão nas mãos de Cármen, que o manteve no posto.
O inquérito é baseado na delação premiada de executivos da Odebrecht. Rodrigo e Cesar são suspeitos de terem recebido, respectivamente, R$ 350 mil e R$ 400 mil em contribuições para campanhas, via caixa dois. A contrapartida seria o apoio à empresa na aprovação de uma medida provisória. Os dois negam as acusações.
A presidente do STF reconheceu que não há ligação com a Petrobras, foco inicial da Lava-Jato, mas foi favorável a manutenção de Fachin como relator porque o ministro é responsável por outros dois inquéritos que também investigam pagamentos da Odebrecht que teriam como finalidade a aprovação de medidas provisórias.