Justiça
Publicado em 06/09/2019, às 09h52 Reprodução Yasmin Garrido
A ex-ministra baiana do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, diz que o indicado para chefiar a Procuradoria Geral da República, Augusto Aras, vai ter de lidar com cristais se assumir cargo. “Esse é um dos cargos mais espinhosos da República e ele vai precisar de muito equilíbrio, sensatez e cidadania, principalmente neste momento em que a sociedade está dividida.
Eliana também disse que confia na competência do conterrâneo e afirmou que a indicação do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi surpreende. “Foi uma confusão enorme, porque cada hora surgia um nome de candidato. Já sobre Augusto Aras, diziam que a vez dele já tinha passado”.
A ex-ministra ainda ressaltou que conhece Aras e a esposa dele, que é subprocuradora da República, e que os critérios apontados para a escolha do procurador foram sensatos. “Ele é uma pessoa moderada, que atua em todos os setores. É como disse o presidente: ele é aquele 7, que não é radical”.
A juíza aposentada afirmou também que Augusto Aras é intelectuamente preparado para a função. “Como magistrada e ex-procuradora, eu registro que Aras era um advogado da militância. Era essa a minha visão sobre ele durante a minha carreira. Era mais conhecido como um bom advogado do que como um membro do MPF”
Por fim, Eliana destacou que não conhece nenhum fato que denigra a imagem de Aras e que espera que a passagem dele pela chefia da PGR seja bem sucedida.
Matérias relacionadas:
Ismerin não crê que Aras reze cartilha do bolsonarismo à frente da PGR
Em evento no Ministério da Agricultura, Bolsonaro anuncia Augusto Aras na PGR
Indicação de Augusto Aras para a PGR foi recebida com alívio no STF
Otto e Coronel acreditam que baiano indicado por Bolsonaro para PGR passa no Senado