Justiça

TCM dá 20 dias para que prefeito de Amargosa apresente defesa em denúncia de irregularidades no transporte escolar municipal

Vereadores acusam atual gestão de esquema fraudulento em processos de contratação de empresas que prestaram serviços. Prefeitura nega   |  Reprodução/Vale Mais Noticia

Publicado em 06/08/2020, às 15h12   Reprodução/Vale Mais Noticia   Marcos Maia

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) deu um prazo de 20 dias para que o prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro dos Santos Júnior, tome conhecimento de uma denúncia apresentada à corte sobre supostas irregularidades cometidas na execução de recursos do transporte escolar no município. 

Em edital publicado no Diário Eletrônico do TCM da última terça-feira (6), a presidência da órgão oferece vinte dias corridos, contados a partir da data de publicação, para que o gestor tome conhecimento das alegações e apresente defesa ou manifestações que julgar cabíveis - bem como documentos que acredite ser convenientes para lastrear suas afirmações. 

"Findo o prazo, os autos serão relatados em Sessão Plenária nas condições em que se encontrarem. Saliente-se que o processo em referência tramita de forma eletrônica", adverte o documento. 

A reportagem do BNews procurou a prefeitura do município para comentar o fato, e foi informada na última quarta-feira (6), por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que seu setor jurídico solicitou uma cópia da denúncia. Até a manhã desta quinta-feira (7) o material ainda não havia sido encaminhado aos advogados.

"A Prefeitura Municipal de Amargosa informa que ainda não teve acesso à denúncia citada, mas garante que o município é referência em atender na íntegra as recomendações do TCU, CGU e TCM, no tocante à contratação do transporte escolar e em qualquer outro", disse. 

Acusações 

Vereadores do município acusam a atual gestão de executar um esquema fraudulento nos processos de contratação de empresas que prestaram serviços de transporte escolar na cidade entre 2017 e 2020. 

O grupo - formado pelos edis Diego Mercês, Marcos Paulo, Viviane Santana, Miguel Silva, Odaque Maia, Val Cintra, Carlos Cabral e Luís Antônio - afirma que a prefeitura realizou “contratações constantes”, por dispensas de licitação, de empresas ligadas á família de um servidor efetivo do município que ocupava o cargo de coordenador de transporte. 

Uma destas empresas teria sido aberta em nome de dois sobrinhos deste ex-colaborador. Sobre as acusações, a prefeitura de Amargosa  salientou que todas as linhas que compõem o transporte escolar do município foram devidamente licitadas, e são regularmente fiscalizadas pelo setor de transporte municipal, bem como pela "sociedade" e "órgãos de controle".

A gestão também afirmou, por meio de nota, que a denúncia apresentada pelos vereadores "não possui fundamento e possivelmente contém viés eleitoral". "Outras denúncias caluniosas com a intenção de ludibriar a população já foram realizadas pelos vereadores citados. Inclusive, analisadas como improcedentes e arquivadas", afirma.

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