Justiça

Festejos Juninos de Jequié entram na mira da Justiça e shows podem ser suspensos

A Prefeitura de Jequié tem até sexta-feira (10) para prestar esclarecimentos sobre as contrações realizadas para os 22 dias de festa  |  Arquivo BNews

Publicado em 07/06/2022, às 21h30 - Atualizado às 21h39   Arquivo BNews   Redação BNews

A festa junina de Jequié, que começou no dia 4 e segue até o dia 26 de junho, está na mira da Justiça. A 2ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Jequié determinou que até a próxima sexta-feira (10), a Prefeitura preste esclarecimentos a respeito dos gastos empenhados na realização dos festejos típicos da época. Após o prazo concedido pela Justiça, o Ministério Público Estadual (MPE) dará o seu parecer sobre a suspensão ou não.

A ação, que pede a suspensão da festa, aponta que a cidade está na iminência “de gastar vultuoso recurso de forma desproporcional ao momento financeiro de Jequié, na sua sobrevivência e função social a coletividade, por desvio de finalidade, sendo o réu causador do ato lesivo, cuja obrigação de não fazer, recai sobre o réu”. Segundo a ação, não há demonstrativos do Diário Oficial do município dos extratos com os valores dos contratos das atrações.

Os cofres da prefeitura devem arcar com R$ 4 milhões relativos a festa, valor cinco vezes superior ao que foi gasto no último São João, realizado em 2019: R$ 578 mil. Estão previstos shows de arcísio do Acordeon, Simone e Simaria, Maiara e Maraísa, Mastruz com Leite, Felipe Araújo, Jonas Esticado, Chambinho do Acordeon, Luiz Caldas, Lucy Alves, Cacau com Leite, Rosy Banda, Norberto Curvelo, Edu e Maraial, além de artistas e bandas locais.

Leia mais: Tribunais de Contas da Bahia fazem alerta sobre contratação de artistas durante festejos juninos

Segundo publicação no site A Tarde, a oposição à gestão do prefeito Zé Cocá (PP) não quer que a festa seja suspensa, mas quer que a prefeitura repense a quantidade de dinheiro que pretende gastar com o São João, já que Jequié está em emergência em decorrência das chuvas que assolaram diversos municípios baianos em dezembro do último ano.

“A ação é legítima, mas sou contrário a não realização do São João, já que ficamos muito tempo sem a festa. Tem que rever os gastos de quase R$ 5 milhões com essa festa. O prefeito está trabalhando em situação de calamidade pública e fica usando esse valor... A saúde de Jequié está necessitada, está um caos. Deveria ter contratações de músicos mais adequadas a nossa realidade e não com os nomes que foi contratado”, disse o vereador Ivan do Leite (União Brasil).

Ainda de acordo com a publicação, o presidente do diretório municipal do PT, Caio César, partido da vice-prefeita do município Polliana Leandro Oliveira, disse que concorda com a justificativa da ação judicial, já, que de acordo com ele, a gestão de Zé Cocá pecou em não dar a publicidade devida aos gastos do festejo junino. O dirigente do PT jequieense declarou também que faltou transparência por parte da administração municipal no que se refere à discriminação dos gatos, já que, como salientou, a população precisa saber de que maneira a gestão está fazendo seus investimentos em um cenário no qual os professores da rede municipal estão há quatro anos sem reajuste salarial.

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