Um consultor de vendas e sua família que viajaram de Bento Simões, distrito de Irará, no centro Norte Baiano, em direção a Coração de Maria, ficaram indignados com a situação que encontraram em um ônibus da Viação Jequié Cidade Sol, neste domingo (13). O ônibus tinha como destino a capital baiana.
“Viajamos para o interior para curtir com a família. Fomos eu e meu concunhado de carona e voltaríamos de ônibus. Minha cunhada foi comprar a passagem na rodoviária de Salvador, pois não vendia pela internet. Com o filho de um ano e sete meses no colo, ela passou uma hora na fila. Comprou duas passagens com a certeza, dada pela vendedora do guichê, que as duas poltronas estavam reservadas”, conta Lúcio Gusmão ao Bocão News.
Mas eles tiveram uma surpresa desagradável após o embarque. Lúcio relata que várias pessoas viajavam em pé. “Todas as poltronas estavam ocupadas. Umas 20 pessoas estavam em pé, crianças se apertando no colo da mãe. Ao parar em Coração de Maria, tinham mais umas dez pessoas para entrar no ônibus. Aí resolvemos sair e pegamos uma carona até o posto São Luiz, na BR-324, para pegar outro ônibus”, lembra. E continua: “nem animais podem ser transportados assim. Um verdadeiro absurdo”, lamenta. A viagem, que foi interrompida, durou cerca de 20 minutos.
Em relato no Facebook, o concunhado de Lúcio, o professor Alexandre Mendonça, conta que em Coração de Maria, ele chegou a procurar a Polícia Militar para tentar impedir que o ônibus seguisse daquela forma. “Estava com sua lotação máxima, inclusive com diversos passageiros em pé. E pasmem, eles [policiais] falaram que nada poderia ser feito e que eu deveria fazer uma reclamação na AGERBA”, relata Alexandre que classifica a atitude da empresa como “criminosa”. “Não respeita as leis de trânsito, muito menos seus clientes. Tinham vendido todos os assentos e ainda assim colocaram a mais pelo menos 30 pessoas em pé para viajar”, detalha.
Diante da situação, eles decidiram tomar medidas legais. O fato foi registrado na ouvidoria da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA) e na quarta-feira (16), eles prometem procurar também a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor na Bahia (Proncon-BA).
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