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Bolsonaro da facada ao 1º turno: veja linha do tempo recente do presidente

Após eleição, Bolsonaro atacou o STF, minimizou a Covid e enfrentou acusações  |  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 02/10/2022, às 06h24   Marcelo Camargo/Agência Brasil   GÉSSICA BRANDINO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O atentado a faca sofrido pelo então candidato Jair Bolsonaro durante um ato de campanha em 2018 na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, marcou a disputa presidencial. Eleito ao vencer o petista Fernando Haddad no segundo turno, o ex-deputado federal prometeu respeito à Constituição.

No cargo, porém, Bolsonaro se notabilizou por minimizar a pandemia da Covid-19, que matou quase 700 mil brasileiros, e por atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o sistema eleitoral, com uma retórica de cunho golpista de não respeitar o resultado das urnas em caso de derrota.

Entre os momentos de maior pressão que sofreu no primeiro mandato está a acusação de interferência na Polícia Federal feita pelo ex-juiz Sergio Moro ao deixar o Ministério da Justiça. Como indício, ele citou a reunião ministerial do dia 22 abril de 2020, tornada pública pelo então ministro do STF Celso de Mello.

Bolsonaro leva facada em ato de campanha (6.set.18)
Candidato é esfaqueado por Adélio Bispo durante ato em Juiz de Fora (MG). Investigações posteriores concluiriam que Adélio agiu por motivação política, mas sofre de distúrbio mental.

Bolsonaro é eleito presidente (28.out.18)
Com 55,1% dos votos válidos, o capitão reformado vence o petista Fernando Haddad no segundo turno. No discurso de vitória, promete fazer um governo democrático.

Bolsonaro tenta criar partido (21.nov.19)
Após romper com o PSL, o presidente lança a própria legenda, o Aliança pelo Brasil. Apoiadores, porém, não conseguem colher as assinaturas necessárias para viabilizar a sigla.

Em meio a mortes por Covid, Bolsonaro diz: "Não sou coveiro" (20.abr.20)
Em um dos vários episódios em que minimizou a crise sanitária no país, ao ser questionado sobre qual seria o número de mortes aceitável para defender medidas de isolamento social, o presidente respondeu: "não sou coveiro".

Celso de Mello torna pública reunião ministerial (22.mai.20)
O então ministro do STF libera o vídeo da reunião citada por em depoimento Sergio Moro como indício de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, motivo pelo qual afirmou ter deixado o Ministério da Justiça. Pressionado após o episódio, o presidente se alia ao centrão.

Bolsonaro ameaça descumprir decisões judiciais (7.set.21)
O presidente faz discursos de cunho golpistas em atos do 7 de Setembro. Bolsonaro exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só deixará o cargo morto.

Presidente reúne embaixadores e mente sobre urnas (18.jul.22)
No Palácio da Alvorada, Bolsonaro reúne dezenas de embaixadores estrangeiros e repete teorias da conspiração sobre as urnas eletrônicas e ameaças golpistas.

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