Geddel Vieira Lima diz que ACM Neto tem discurso que 'não corresponde à verdade' em questão presidencial; entenda

Condenado a 14 anos e 10 meses pelo crime de lavagem de dinheiro por conta do caso do bunker de R$51 milhões no apartamento em Salvador, o ex-ministro Geddel Vieira Lima deu sua primeira entrevista desde a soltura. Ele está em liberdade condicional, concedida pelo STF em fevereiro deste ano.

Durante entrevista na rádio A Tarde FM na manhã desta segunda-feira (19), ele comentou a estratégia de campanha do candidato ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia.

Segundo Geddel Vieira Lima, ACM Neto mente ao dizer que foi o melhor prefeito do Brasil e que governou com três presidentes que não eram seus aliados políticos.

"Eu tenho visto a campanha do candidato ACM Neto com esse mote do 'tanto faz' e dizendo que governou com três presidentes, sendo o melhor prefeito da Bahia. E, de forma respeitosa, quero dizer que isso não corresponde à verdade, do ponto de vista factual", disparou Geddel Vieira Lima. 

Geddel é um quadro do MDB. Ele não concorre a nenhum cargo público, mas o partido, que é presidido por seu irmão, Lúcio Vieira Lima (MDB), apoia a candidatura do petista Jerônimo Rodrigues, que tem como vice o ex-aliado de ACM Neto e presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB).

"O ex-prefeito governou com a Dilma Rousseff (PT) um período pequeno porque ela sofreu impeachment. Entrou Michel Temer (MDB), que não era uma pessoa hostil ao candidato. O presidente Michel Temer tinha o apoio do partido dele", continuou Geddel. ACM Neto esteve ao poder, em Salvador, no mesmo período que Dilma presidiu o Brasil entre 2012 e 2016, quando a ex-presidente sofreu um impeachment que teve no MDB de Geddel um dos principais articuladores.

"No caso do presidente Jair Bolsonaro, pelo amor de Deus. O ex-prefeito não nega. Ele apoiou a eleição do candidato e hoje mantém as mais próximas relações com o presidente Bolsonaro, a ponto de vários aliados seus, deputados seus do União Brasil, vinculados e que defendem a candidatura dele, terem cargos no governo federal. Essa história de não ter um candidato a federal prejudica muito, prejudica a Bahia", finalizou Geddel.

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