"Vão negar isso?", Geddel Vieira Lima faz revelação surpreendente sobre Marcelo Nilo e Zé Ronaldo; confira

"A minha casa durante um tempo virou o vale dos leprosos. Os interesses políticos a tornaram na Basílica de Aparecida". Essas foram as palavras de Geddel Vieira Lima para, em suas palavras, elogiar os políticos baianos que buscaram o apoio do MDB para as eleições estaduais em 2022.

O MDB, partido do ex-ministro Geddel Vieira Lima e presidido, na Bahia, por seu irmão Lúcio Vieira Lima, foi disputado pelas bases do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) e pelo governador Rui Costa (PT), que ganhou a parada e fez o partido romper com ACM Neto para ter Geraldo Júnior, presidente da Câmara Municipal de Salvador, na vice de Jerônimo Rodrigues (PT).

SBT

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Ao contar detalhes da busca pelo apoio do partido, Geddel Vieira Lima fez revelações sobre o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (Republicanos), e o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União Brasil).

"Tem três candidaturas postas [na Bahia]. Todas as três procuraram o apoio do MDB. A candidatura mais forte, do ex-prefeito ACM Neto, contra quem não tenho nada de pessoal e vamos deixar logo às claras. A minha casa durante um tempo virou o vale dos leprosos. Os interesses políticos a tornaram na Basílica de Aparecida. Era procissão política todo dia. O ex-prefeito ACM Neto ficou na minha casa pedindo apoio até a véspera do anúncio do MDB. Lá esteve o prefeito da cidade de Salvador por inúmeras vezes", iniciou Geddel, em entrevista à rádio A Tarde FM, na manhã desta segunda-feira (19).

A partir daí ele começou as revelações. Tanto Marcelo Nilo quanto Zé Ronaldo estiveram na corrida pela vice de ACM Neto na corrida pelo governo do Estado. Eles despontavam como nomes fortes, mas precisavam encontrar algumas soluções para conseguir o cargo.

Marcelo Nilo saiu do PSB, partido da base do Rui Costa, e precisava encontrar uma legenda forte para se consolidar como candidato. A decisão de Nilo só foi tomada próximo ao fim da janela partidária. Ele acabou se encaminhando para o Republicanos, apontado na época como um dos favoritos a indicar o nome - o que de fato aconteceu.

Já a equação para Zé Ronaldo era um pouco mais complicada porque o ex-prefeito feirense é do mesmo partido de ACM Neto e parecia improvável que o ex-prefeito de Salvador fosse para a campanha com uma chapa 'puro sangue', composta por candidato a governador e vice do mesmo partido. De fato, não aconteceu.

Segundo Geddel Vieira Lima, ambos o procuraram para estudar a possibilidade de filiação ao MDB, que, à época, estava junto com ACM Neto. Mas, no final das contas, o partido decidiu mudar os rumos. E também mudou os planos tanto de Zé quanto de Marcelo, que, no final das contas, passaram longe da vice, que ficou com a empresária Ana Coelho (Republicanos), por indicação do presidente do partido, Márcio Marinho (Republicanos).

"Esteve comigo, em minha residência, o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo. Pedindo para entrar no MDB porque queria ser indicado vice. Esteve na minha residência, e não estou atacando ninguém, estou elogiando, o ex-presidente da Assembleia Marcelo Nilo pedindo para entrar no MDB porque queria sair candidato a vice-governador. Vão negar isso? Nenhum tem condição de negar", disse Geddel.

Por fim, ele ainda aproveitou para elogiar João Roma (PL), apesar de não detalhar como foi o contato e busca do ex-ministro bolsonarista pelo partido.

"João Roma tenho a melhor das impressões. Rapaz qualificado, educadíssimo, faz um grande trabalho, formando liderança para o futuro. Eu não estou envolvido em política eleitoral. Eu só faço análise com a experiência que tenho. Se até isso quiserem jogar fora eu tenho 30 anos nisso. Conheço, sei o que é", declarou.