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Wagner ironiza ACM Neto: 'Vive mandando recado pra ter uma palhinha de Lula'

Pré-candidato a governador, Wagner rechaçou a tese defendida pelo adversário de que a eleição presidencial não influenciará o cenário local  |  Divulgação/Agência Senado

Publicado em 24/01/2022, às 20h29 - Atualizado às 22h06   Divulgação/Agência Senado   Léo Sousa

O senador e pré-candidato a governador da Bahia Jaques Wagner (PT) ironizou em entrevista ao programa BNews Agora, na noite desta segunda-feira (24), a tese defendida pelo adversário ACM Neto (DEM) de que a eleição presidencial não influenciará o cenário eleitoral local.

Questionado sobre as recentes pesquisas de intenção de voto que colocam o ex-prefeito de Salvador na liderança da disputa pelo governo baiano, o ex-governador disse não estar preocupado.

Segundo Wagner, a "pesquisa real" é quando se coloca o "quadro eleitoral", que considera o candidato a governador ao lado de um candidato a presidente.

Leia também: Wagner admite que candidatura não estava nos planos, mas enfatiza: “não é concurso de idade e sim de ideias”

"Lula, Wagner... E ele, eu não sei com quem eu boto. Porque ele era Ciro [Gomes], não sei mais se vai ser, pelo visto não ser ninguém", alfinetou o petista.

"Você conhecia o governador do Rio de Janeiro, de Santa Catarina, do Amazonas, antes de ser eleito? Todo mundo foi eleito naquele que puxa a eleição, que é a eleição de presidente da República. O atual presidente elegeu num partido desconhecido 52 ou 53 deputados federais. Quem é que elegeria? Eu tenho colegas senadores que eu respeito, mas que praticamente eram desconhecidos. Mas o vento, errado ou certo, do atual presidente levou muita gente pra governo do estado e Senado. A eleição, quem preside é o papel mais importante da eleição, que é o presidente da República [...] Então essa invenção que o ex-prefeito fica falando 'não, não interfere'... Não interfere e ele vive mandando recado pra tentar ver se o Lula dá uma palinha pra ele aqui?", provocou após questionamentos dos jornalistas Victor Pinto e João Brandão.

Para reforçar sua tese, Wagner usou como exemplo, ainda, a possível candidatura a governador do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos).

"Por exemplo, o pessoal que vai votar no atual presidente [Jair Bolsonaro]. O presidente atual vai dizer 'meu candidato é o meu ministro'. Você acha que vão votar em quem? Em mim? No ex-prefeito? Ou vão atender o pedido do presidente que eles acreditam? Agora, tudo bem, se ele quer acreditar no canto da carochina, tudo bem", disse.

Segurança

Durante a entrevista na Piatã FM (104.3), o pré-candidato ao governo também rebateu críticas feitas pela oposição especialmente aos índices da segurança pública no estado nas gestões petistas.

"Pode perguntar a quem quiser qual era a estrutura da segurança pública antes de a gente começar o nosso governo e qual é hoje. De carro, de armamento, de munição pra treinamento, de câmeras de segurança, que está se espalhando pela Bahia inteira, de suporte pra formação dos policiais e de contratação do número de policiais [...] É aquela coisa que se diz: o macaco nunca olha o próprio rabo", respondeu Wagner.

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