Eleições
Publicado em 02/10/2020, às 00h50 Reprodução/ Youtube Márcia Guimarães
Major Denice Santiago (PT) e Olívia Santana (PCdoB) utilizaram os minutos do debate na TV Band para tentar atrair a compaixão e mostrar que têm histórias semelhantes à maioria da população negra e pobre de Salvador. Contaram que foram criadas por mães guerreiras, em casas com problemas estruturais e enfrentaram dificuldades para conquistarem uma educação de qualidade.
Denice lembrou que, na infância, sua casa sempre alagava e sua mãe precisava carregá-la até o ponto de ônibus para conseguir ir para a escola. Disse que ficava sem dormir direito com a família por causa do medo do barro invadir a residência.
A petista afirmou que ‘viveu e sentiu na pele’ muitos problemas com os quais os soteropolitanos convivem. Denice reforçou também seu papel como mãe, mulher e negra, que frequentou escola pública, buscando mais essa identificação com o público que acompanhava o debate.
Olívia não ficou por baixo, destacou que é filha de uma empregada doméstica e um marceneiro, e sofreu ao ser expulsa de casa quando morava em uma invasão no bairro de Ondina. Segundo ela, o ex-governador ACM retirou sua família do local e “jogou na Boca do Rio, em cima de um terreno baldio”.
Com a história, puxou o gancho para a necessidade de uma moradia digna para boa parte dos moradores de Salvador. Ainda frisou que não conseguiu ter acesso à educação logo na primeira infância e relacionou com a necessidade de creches públicas municipais para ajudar nesse sentido.
A candidata do PCdoB argumentou que, escolher uma educadora como ela para prefeita, fará com que o povo pobre se empodere e a capital baiana seja transformada. Assim, a população não passará, localmente, pelo que o país está enfrentando com o “político do fim do mundo” na Presidência da República.