Eleições

ACM Neto rivaliza com Lula nas referências de aliados, afirma colunista

Isso faz com que os dois presidenciáveis acabem não aparecendo tanto na campanha local   |  

Publicado em 03/10/2014, às 06h44      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

As coligações dos dois principais candidatos a governador da Bahia, Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT), privilegiam as associações de seus nomes a lideranças populares entre o eleitorado baiano, como o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em detrimento dos candidatos a presidente que integram suas coligações em nível nacional, caso de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
 
Para o colunista Claudio Humberto, isso faz com que os dois presidenciáveis acabem não aparecendo tanto na campanha local como Lula e ACM Neto. Na noite de terça-feira (30), por exemplo, no último debate transmitido pela TV Bahia, afiliada da Rede Globo, enquanto Rui Costa (PT) recomendou ao eleitorado que votasse nele e na presidente Dilma, Lídice da Mata (PSB) citou a presidenciável Marina Silva várias vezes e Marcos Mendes (PSOL) lembrou de Luciana Genro, Souto se “esqueceu” de Aécio. Falou apenas do principal fiador de sua campanha, o prefeito de Salvador, que tem a aprovação de mais de 50% do eleitorado em Salvador. Aécio, por sua vez, tem 11% das intenções de voto no Estado, atrás de Marina (23%) e Dilma (52%).
 
 
Souto também sugeriu indiretamente o voto combinado nele e na petista. Ao responder Rui Costa, que defendeu o voto combinado nele e em Dilma, disse que o eleitor já refutou essa vinculação quando elegeu ACM Neto prefeito de um partido de oposição ao governador petista Jaques Wagner, em 2012. 
 
Apesar de ter falado em Dilma, a campanha de Rui nas ruas e na TV explora muito mais sua ligação com Lula do que com a presidente e candidata à reeleição. Na campanha ao Senado de sua coligação, porém, isso é bem nítido também. O vice-governador licenciado Otto Alencar (PSD), candidato de Rui ao Senado, abusa da campanha de rua e da TV de Lula, que o chama de “companheiro Otto”.
 
Ele e seu adversário, Geddel Vieira Lima (PMDB), candidato ao Senado de Souto e aliado de Aécio, já quase se desentenderam na Justiça pelas vinculações dos nomes a seus fiadores políticos. O estopim foi que, no programa eleitoral de Otto, uma apresentadora empurra uma placa com os nomes de Geddel e de Aécio para o canto da tela. Otto afirmou que Geddel queria desvincular a imagem do presidenciável, o que foi negado pela campanha do peemedebista. A representação, segundo o PMDB, foi pelo fato de campanha adversária ter utilizado “indevidamente” o mesmo layout.
 
De acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada na semana passada, Geddel e Otto estão tecnicamente empatados, com 33% e 29%, respectivamente. A diferença entre os dois candidatos na pesquisa de agosto era muito maior: Geddel tinha 35% e Otto, 17%. 

Nota orignalmente postada dia 2

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