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Publicado em 21/07/2019, às 15h19 Reprodução Tiago Di Araujo
O ex-presidente do Vitória e atual membro da 'Comissão de Gestão' do clube, Manoel Matos abriu o jogo ao falar de assuntos envolvendo as finanças rubro-negras. O conselheiro conversou com radialistas momentos antes da partida em que o Leão venceu o Criciúma, por 2 a 0, na última sexta-feira (19), no Estádio Manoel Barradas, o Barradão.
Questionado sobre as negociações com a Arena Fonte Nova para que o Rubro-Negro passe a mandar os jogos no estádio, Matos revelou que o acordo está bastante avançado. "É uma negociação bastante avançada. Toda a parte técnica do contrato, detalhes de como vai funcionar, está avançado. É um contrato de três anos. Precisamos, hoje, de um equipamento com maior mobilidade, para que os torcedores compareçam. Agora, não depende mais do Vitória, já fizemos tudo. Depende, agora, de Governo do Estado e Arena alinharem, pois é uma PPP. Nosso contrato vai ser o mesmo do Bahia, foi o que pedimos", disse ao repórter Anderson Matos, da Itapoan FM. Caso aconteça tudo dentro do previsto, o Vitória já mandará o jogo contra o Paraná, no dia 10 de agosto, na Arena.
Já em entrevista à rádio Excelsior, o ex-presidente tratou com normalidade o atraso de salários de atletas e funcionários do clube. “A gestão do Vitória, em termos salariais, é melhor do que uma porrada de empresas nesse país. É normal as empresas atrasarem salários por um ou dois meses… não deveria, concorda? Tem clube no Brasil hoje, de Rio e São Paulo, que deve o 13º ainda! O Vitória deve parte do salário de junho, dos funcionários e dos atletas, e deve duas folhas de maio”, revelou.
Matos associa as pendências com a má gestão de atletas que estavam parados no elenco rubro-negro. “Quando chegamos aqui tinham jogadores afastados que davam 500 mil sem encargos. Sabe o que é isso? Você não tem receita e tinha 500 mil parados, sem jogar. A torcida não entende, como se nós fôssemos responsáveis por isso. Quem mais precisa estar próximo do Vitória hoje, não está aqui, que é o nosso torcedor”, comentou.
O dirigente ainda aproveitou para fazer um desabafo sobre a atual situação do clube, que segundo ele, precisa ainda mais do apoio da torcida. “O torcedor precisa entender que ele é a peça mais fundamental nesse momento, ele tem que vir pro lado do clube. Essa questão de jogador atrasado, funcionário atrasado? Você acha que essa gestão quer isso? Claro que não. O que precisamos fazer é buscar dinheiro novo no mercado, mas quem está patrocinando alguma coisa nesse país hoje? A nossa chance mesmo é o torcedor comprar essa briga. Não tem que ir pra rede social dizer que aqui está ruim. Não! Não é pra gostar de dirigente, não é pra gostar de político, é pra gostar do Vitória! E o Vitória precisa dele como nunca precisou”.