Confira dicas para lidar com tristeza após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo

O momento pós eliminação da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 2022 seguirá sendo difícil de digerir para os brasileiros que colocaram todas as suas apostas no tão sonhado e aguardado hexa. Alguns até chegaram a relatar estarem de luto após o jogo que ocorreu nesta sexta-feira (9), e que terminou com a vitória da Croácia após disputa nos pênaltis.

Psiquiatras, em entrevista ao portal G1, informam os melhores modos de lidar com a derrota que assola o país. Segundo Daniel Barros, médico do Hospital das Clínicas, o luto se define como a perda de objeto de afeto. “Quando você tem afeto e aquilo se perde (quando alguém morre ou se termina um namoro) a gente fala de luto".

De acordo com o profissional, a melhor maneira de digerir a eliminação é “colocar em perspectiva o acontecimento. "Comparando com as nossas outras perdas, vendo como a vida segue independentemente disso, pensando que amanhã não estaremos mais tristes, colocar nessa perspectiva temporal ajuda a passar", disse Daniel ao portal. 

Tal ponto de vista é reforçado por Lucas Spanemberg, psiquiatra e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “A gente tem outro repertório na nossa vida, tem outras valências preenchidas, nas relações, nos trabalhos, na vida acadêmica, na vida social, e a Copa do Mundo era um plus, era algo a mais que existiu, que se coloca uma expectativa e que, depois, a gente volta a se engajar na nossa vida”, informa Spanemberg.

Lucas aconselha aos pais que tentem técnicas alternativas com as crianças que se encontram fragilizadas no momento por conta da derrota. “Como a criança tem um horizonte temporal menor, é difícil para ela colocar em perspectiva. Distrair, mostrar outras coisas que são legais apesar disso e ajudar a ver outras coisas que são positivas".

Por fim, o psiquiatra ressalta a importância de redirecionar as energias da derrota para realizar as coisas que estão sob a responsabilidade individual. “A gente pode colocar essa energia toda que foi colocada na Copa do Mundo para a gente se engajar em outras coisas que são importantes para gente e que a gente tenha mais controle. Na Copa, a gente não tem controle, contamos com aquele grupo de jogadores e com uma série de variáveis que não estão na mão dos jogadores para ir bem. Mas, para nossa vida, o engajamento depende de nós”, diz Spanemberg ao G1.

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