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Unificação de tarifas bancárias ainda está distante e prejudica correntistas

Bancos aumentam faturamento com tarifas e correntista sente no bolso  |  

Publicado em 23/12/2012, às 21h23      Redação Bocão News - Twitter: (@bocaonews)

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, continua perdendo a batalha para os bancos quando o assunto é a novela da unificação dos nomes das tarifas bancárias. Com isso, cada banco cria o seu padrão dificultando que o cliente faça comparações entre os preços cobrados por cada instituição. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que, entre agosto de 2011 e agosto de 2012, o número de clientes dos seis maiores bancos do país - Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander – cresceu 10%. Enquanto isso, o faturamento com as tarifas teve um acréscimo de 46%. Trocando em reais, a receita dos bancos saiu de R$ 8,02 bilhões para R$ 11,7 bilhões. Isso mostra que os banqueiros não deixaram de ver seus lucros aumentarem apesar da queda dos juros forçada por medidas do governo federal, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom). Especialistas afirmam que o valor arrecadado com a cobrança de tarifas possibilita aos bancos cobrirem os custos das agências, aí inclusos os salários dos empregados. A pesquisa do Idec revelou ainda que, em 2011, cada cliente desembolsou uma média de R$ 52,43 com tarifas. Este ano pagou R$ 69,86. Num mercado competitivo, a unificação dos nomes forçaria os bancos a oferecer vantagens para segurar o cliente, que paga muito caro da forma que está.

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