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Mesmo com cortes, Wagner enaltece crescimento em seu governo

Governador avalia de forma positiva seus anos de gestão na Bahia  |  

Publicado em 17/09/2013, às 05h54      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

A crise anunciada pelo governador Jaques Wagner (PT), que o forçou a promover cortes na máquina estadual, foi o mote da entrevista publicada nesta segunda-feira (16), no jornal A Tarde, pelo jornalista Donaldson Gomes. Atrasos nos pagamentos dos fornecedores e o contingenciamento orçamentário não assusta o petista que prefere focar as conquistas e avanços do Estado, ao ficar os pés nas dificuldades.

Sobre a instalação de mais de 90 empresas durante os seis anos do governo Wagner, ele acredita que o número considerado positivo é um conquista diária. “Quase nada acontece sem a participação do governo. Quando o investidor chega, quer saber que tipo de relação terá da parte pública. Como gestor, tenho a ideia de não colocar o chapéu onde a mão não alcança. É bem melhor ser mais econômico no convite. Evita o que acontece em muitos estados. Já aconteceu muito na Bahia, onde, depois que se instalavam, as empresas se sentiam enganadas”.

Sobre a polêmica reforma tributária, Wagner consegue enxergar solução para a problemática. “Quando a gente fizer a reforma tributária, vai diminuir o espaço para a guerra. Hoje o que a gente oferece é o que todo mundo oferece no Nordeste. Acontece que a coisa virou uma prática que o empresário já chega aqui contando com o incentivo. Só que eu acho que política de desenvolvimento regional é o governo federal que tem mais musculatura para fazer. Obrigar o Piauí, ou mesmo a Bahia, que é o 25° per capita fiscal do País, a abrir mão do ICMS para poder gerar emprego é a maior crueldade”.

Já em relação aos investimentos durante a sua gestão, o petista observa com bons olhos tudo o que tem sido feito. “Veja bem, a gente totaliza 500 investimentos em meu período. Foram 400 totalmente novos e 100 ampliações. A Schin duplicou, no Polo, as empresas estão investindo. Em volume de recursos, nós tivemos R$ 16 bilhões, aproximadamente. Eu acho sinceramente que nós precisamos ‘tocar mais bumbo’ e mostrar coisas boas daqui da Bahia”.

Outro assunto espinhoso que vem dando dor de cabeça para o governo são os investimentos nos portos. Para isso Wagner tem a fórmula. “Por mim, eu licito o Porto de aratu e entrego. O governo federal não tem dinheiro para investir e a Bahia muito menos. É por isso que o Porto Sul já está nascendo como porto concedido. O melhor para Aratu era fazer uma concessão grande. Por que a operação do porto tem que ser pública? Por que tem que ser Codeba?”, questionou ao afirmar que o porto está em condições de receber nos investimentos privados: “se alguém quiser, é falar com o governo federal”.

Por fim, o governador falou sobre a economia baiana diante da crise que atacou grande parte dos estados brasileiro. “Eu tinha projetado um crescimento bem maior. O contingenciamento que a gente faz é por isso. Quando eu mando a peça orçamentária, agora em setembro, estou projetando o ano que vem. Estou pedindo que a projeção seja mais conservadora possível para não ter que pedir às pessoas depois para cortar”, disse Wagner ao ressaltar que vai evitar utilizar o mesmo artificio em 2014. “É melhor começar o ano com um orçamento apertado e depois ver a economia respondendo bem”, concluiu.


Publicada no dia 16 de setembro de 2013, às 12h52

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