A chuva que caiu durante dois dias ininterruptos deu uma trégua na manhã desta sexta-feira (01) em Salvador. Mesmo assim, a capital baiana sofre com os reflexos do temporal que castigou toda a cidade, principalmente os bairros periféricos.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou - apenas na quinta-feira (10) - um total de 159 solicitações, sendo 72 deslizamentos de terra, 16 avaliações de imóveis alagados, três desabamentos de imóveis e 18 ameaças de desabamento.
A carreta que foi engolida por uma cratera na rua Conselheiro Zacarias, bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, permanece no local. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) um engenheiro da Codesal avaliou os imóveis próximos ao ocorrido e constatou que as fundações não foram afetadas.
A Transalvador interditou um trecho da via e orienta os motoristas que saem do Largo dos Mares a pegarem a Fernandes da Cunha para chegar à rua Direta do Uruguai.
Segundo a prefeitura, a cratera foi ocasionada pelo rompimento de um interceptor de esgoto da Embasa, localizado a 3,5 metros de profundidade. A Embasa informou por meio de nota que o serviço de reparo da tubulação, seguido da recomposição do trecho atingido, será feito assim que o veículo for retirado do local.
Em função da chuva, a prefeitura adotou uma série de ações emergenciais. As medidas foram anunciadas ontem (10) pelo prefeito ACM Neto e incluem serviços de limpeza, microdrenagem, poda e retirada de árvores, ordenamento de trânsito, atendimento a famílias desalojadas ou desabrigadas, deslizamento de terra e alagamento de áreas.
Neto também anunciou a abertura de licitação para obras de contenção da encosta de Avenida Lafayete Coutinho (Contorno), orçada em R$ 2,1 milhões. A via permanece interditada nos dois sentidos.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu 140 milímetros em apenas 24 horas na capital baiana. É o maior índice registrado neste período do ano desde 2005 e bem superior as 114,9 mm de todo o mês de outubro de 2012.
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