Os senadores do Uruguai aprovaram, por 16 votos a 13, na noite desta terça-feira, a liberação da maconha em todo o território nacional. Em um debate que durou todo o dia, o projeto de lei foi criticado apenas por parte da oposição.
Sem um voto contra sequer na base aliada ao governo do presidente José Mujica e um voto favorável no bloco oposicionista, o Estado assume o controle e a regulação das atividades de importação, produção, aquisição a qualquer título, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha ou de seus derivados, em todo o território uruguaio.
Sob o controle de uma agência estatal, o Instituto de Regulação e Controle de Cannabis (IRCCA, na sigla em espanhol), ligado ao Ministério da Saúde Pública, a venda e o consumo serão controlados por meio de licenças e do controle na produção, distribuição e compra e venda da droga. Todas as fases do processo terão, de alguma forma ou de outra, a presença do Estado. O autocultivo, no entanto, será amplamente apoiado no país.
Todos os uruguaios ou residentes no país, maiores de 18 anos, que tenham se registrado como consumidores para o uso recreativo ou medicinal da maconha poderão comprar a erva em farmácias autorizadas.
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