Azedou! Preço do azeite dispara no Brasil em 2023

Segundo a prévia da inflação de dezembro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do azeite disparou 37,76%. Os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), trazem o cenário analisado desde janeiro até o último dia 14 deste mês.

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Nos supermercados, os brasileiros estão assustados com os valores presentes nas prateleiras, com as garrafas de azeite sendo vendidas por R$ 40 ou R$ 50. Para quem não sabe, a grande produção de azeite de oliva está concentrada na Europa, que enfrenta uma seca extrema.

O problema climático tem afetado a produção, reduzindo a safra e pressionando o preço do produto no mercado internacional. Infelizmente, o Brasil acaba sendo fortemente afetado, pois produz apenas 1% da demanda interna de azeite, ou seja, é altamente dependente da importação. A guerra na Ucrânia também influencia nas altas.

Apesar de ser a menor quantidade de azeite dos últimos seis anos, o Brasil gastou mais para realizar as importações neste ano. De acordo com Felippe Serigati, pesquisador do FGV-Agro, a tendência é que o produto continue caro para os consumidores nos próximos meses.

O El Niño, que tem provocado essas temperaturas médias acima do normal, deve prosseguir ao longo do primeiro trimestre. A gente só deve ver alguma reversão apenas na virada do primeiro para o segundo semestre do ano que vem", diz o pesquisador, em entrevista ao g1.

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