Meio Ambiente
Publicado em 23/06/2021, às 17h42 Arquivo Henrique Brinco
Deputados baianos integrantes da bancada de oposição celebraram a demissão do agora ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A exoneração do gestor "a pedido" foi publicada no Diário Oficial da União na tarde desta quarta-feira (23).
O senador Jaques Wagner (PT) comentou que a saída "é só um passo". "O importante é saber se será uma mudança somente de nome ou de postura do governo federal diante do #MeioAmbiente. O que realmente precisa mudar é a orientação do presidente. Sobre o ex-ministro, já não era sem tempo, por todos os males ao Brasil que ele conduziu", escreveu, no Twitter.
O deputado federal e militante do MST, Valmir Assunção (PT), celebrou a notícia. "Salles, o investigado por contrabando de madeira, caiu! Hoje mesmo falei sobre isso na Câmara dos Deputados! Vai tarde! Muito tarde! E a Justiça cuide para que ele não fuja, a exemplo do Weintraub!", postou na rede social.
O também deputado Daniel Almeida (PCdoB) ressaltou que "Salles pediu pra sair". "O meio ambiente, as florestas, os indígenas, a vida e o povo brasileiro agradecem. Entretanto, precisamos que os crimes cometidos à frente do Ministério do Meio Ambiente sejam devidamente apurados", comentou.
Joseildo Ramos (PT) também pediu que Salles seja investigado. "Salles caiu. Que seja investigado e que a Câmara dos Deputados instale a CPI do Meio Ambiente. Caiu mais um. Agora só falta o chefe", sugeriu, postando a hashtag "#ForaBolsonaro".
O ex-colaborador do presidente Jair Bolsonaro alegou que saiu por motivos familiares. Em maio, ele foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal para apurar crimes corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado para o ministério.