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Publicado em 26/03/2017, às 16h34 Reprodução Folhapress
De maneira previsível, Lam, 59, foi eleita com 777 votos dos 1.200 membros de um comitê eleitoral composto majoritariamente por aliados do regime chinês.
Seu principal rival, o ex-secretário de finanças John Tsang, recebeu 365 votos. Segundo pesquisas de opinião, o nome dele era o mais popular entre os 7,3 milhões de habitantes da cidade.
"Hong Kong, o nosso lar, está sofrendo divisões muito sérias", disse Lam em discurso após a vitória. "Minha prioridade será curar essa divisão e reduzir as frustrações, unindo nossa sociedade para sigamos em frente."
Houve tumultos entre policiais e manifestantes pró-democracia próximo ao local de votação. Ativistas criticaram a interferência de Pequim na eleição e abriram guarda-chuvas amarelos, símbolo dos protestos de 2014 que pediam maior abertura política.
Após tomar posse, em 1º de julho, Lam deverá governar em um ambiente de tensão política, com o crescimento de movimentos pela independência de Hong Kong e um fraco desempenho econômico.
Esta foi a quarta eleição em Hong Kong desde 1997, quando a cidade passou do controle colonial britânico para a administração chinesa. Desde então, o regime do Partido Comunista tem aumentado o controle sobre a cidade, um dos principais centros financeiros da Ásia, apesar de suas promessas de garantir maior liberdade e autonomia.