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Ditador sírio diz à ONU que terrorismo impede o diálogo

Enviado Kofi Annan conversou com Assad sobre saída para crise no país  |  

Publicado em 11/03/2012, às 04h01      Redação Bocão News

O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, reuniu-se na manhã deste sábado (10) em Damasco com o presidente sírio, Bashar al-Assad, para tentar estabelecer as bases de um diálogo com a oposição. O encontro transcorreu em "um ambiente positivo", segundo informou a agência de notícias oficial síria, Sana.

 
Assad disse que nenhum diálogo político pode ter sucesso em seu país enquanto "grupos terroristas armados" estiverem operando. Durante a reunião, o presidente Assad disse que a Síria apoia "qualquer esforço honesto para encontrar uma solução".
 
Ex-secretário-geral da ONU, Annan tem como missão promover o diálogo entre as autoridades sírias e a oposição para encontrar uma saída negociada à crise político-social que começou há um ano com protestos populares pacíficos e se agravou nos meses seguintes com a mobilização armada da população.
 
No entanto, a oposição síria rejeita negociar com o regime Assad, pois considera que um diálogo só daria mais tempo às autoridades para continuar com a repressão dos protestos.
 
Além de se reunir com Assad, o ex-secretário-geral da ONU deve manter contatos com representantes da sociedade civil síria. Ele também prevê se encontrar com líderes da oposição exilados, mas isso só depois de deixar o país.
 
Annan iniciou conversas com Assad para tentar estabelecer bases a um diálogo entre as partes envolvidas no conflito político interno. Enquanto isso, no Cairo, os ministro das Relações Exteriores da Liga Árabe se reúnem neste sábado com o chanceler russo, Sergei Lavrov, que insiste na rejeição a uma hipotética intervenção militar estrangeira na Síria.
 
Segundo dados da ONU, mais de 7,5 mil pessoas morreram na Síria desde o início dos protestos há um ano, mas os opositores elevam esse número a mais de 8,5 mil.
 
Na quinta-feira, Annan enfatizou a necessidade de manter a via diplomática e alertou sobre as consequências de uma hipotética intervenção militar na Síria que, em sua opinião, só pioraria a situação. "Acho que qualquer aumento das operações militares causaria uma deterioração da situação e a pioraria".

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