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Publicado em 26/03/2024, às 11h40 Divulgação/Secretaria de Comunicação de Salvador Dandara Amorim
Um grupo de pesquisadores de uma universidade dinamarquesa desenvolveu um modelo chamado "calculadora da morte", um algoritmo para prever as fases da vida até o seu fim e que busca mostrar os riscos do uso comercial desses dados.
"É uma estrutura muito geral que facilita a previsão da vida humana. Você pode prever qualquer coisa, desde que tenha dados", diz à AFP Sune Lehmann, professor da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU) e um dos autores do estudo publicado na revista Nature Computational Science.
Segundo ele, as possibilidades são infinitas.
"Poderia prever resultados de saúde. Poderia prever a fertilidade ou a obesidade, ou talvez quem teria ou não câncer. Mas também poderia prever se você ganharia muito dinheiro", acrescenta.
Especificamente, o life2vec usa um modelo semelhante ao ChatGPT, mas em vez de processar dados textuais, analisa estatísticas como nascimento, estudos, benefícios sociais e horas de trabalho.
O modelo é baseado em dados anônimos de milhões de dinamarqueses, recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística deste país nórdico.
A análise das sequências torna mais fácil prever o que acontecerá até o final. Em relação à morte, o algoritmo acerta em 78% dos casos e em relação às migrações, em 73%.
Mas o instrumento não está pronto para ser utilizado pelo público em geral. "Por enquanto é um projeto de pesquisa que explora o campo das possibilidades (...), e não sabemos se trata todos da mesma maneira!", explica.
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