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Investidor com mais de 300 mil seguidores nas redes é preso por golpe milionário em clientes

Francisco Emanuel Pereira dos Santos foi preso durante a Operação Terra Prometida, realizada pelo Ministério Público do Ceará.  |  Divulgação/ MPCE

Publicado em 14/12/2023, às 15h06 - Atualizado às 16h09   Divulgação/ MPCE   Lindaura Berlink

Francisco Emanuel Pereira dos Santos, conhecido como “Cangaceiro Trader" ou "Canga”, foi preso na manhã desta quinta-feira (14), em um condomínio de luxo no município de Carapicuíba, em São Paulo, por suspeita de lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular.

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A prisão preventiva do suspeito aconteceu durante a Operação Terra Prometida, realizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). Na ação também foram cumpridos mandados de busca e apreensão como equipamentos, eletrônicos, blocos de anotações, veículo e relógios de luxo.

De acordo com o MPCE, as fraudes aplicadas nas vítimas de Canga ultrapassem o valor de R$ 10 milhões.  O homem se apresenta como “trader de maior reconhecimento mundial” em suas redes sociais, que contam com mais de 300 mil seguidores.

Ainda de acordo com o MPCE, o suspeito oferecia cursos e propostas de “alavancagem de contas”, com promessas de lucros acima da média de outros investimentos, o que  depois, segundo o órgão, foi possível constatar que tratava-se de fraude.

Conforme as investigações, as pessoas lesadas relataram, em depoimento, como funcionava o golpe. Uma das operações fraudulentas que mais chamou atenção era a chamada “quebra da banca”, quando o investimento em determinadas ações da bolsa fracassava, o trader se apropriava do dinheiro dos clientes e repassava parte para uma corretora parceira.

O MPCE disse ainda que os fatos foram comprovados pela análise da quebra de sigilo bancário e fiscal aceita pela Justiça do Ceará. Também ficou evidente uma movimentação milionária nas contas do suspeito, bem como a ocorrência de diversas movimentações típicas de lavagem de dinheiro, como a conversão de moeda em criptoativos para mascarar a sua origem ilícita do dinheiro.

O órgão identificou vítimas do esquema no Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em razão "da grande quantidade de vítimas", o Ministério Público pediu a apreensão de cerca de R$ 6 milhões das contas do investigado como medida cautelar para salvaguardar o patrimônio das pessoas que foram prejudicadas pelos “golpes”.

O nome da Operação “Terra Prometida” faz alusão ao significado da palavra, de origem hebraica, zion, nome da empresa de titularidade de Emanuel Santos, Zion Investimentos Ltda. No caso investigado, “Canga”, na condição de “coach”, prometia uma série de vantagens inimagináveis às vítimas, as quais nunca se cumpriam

Classificação Indicativa: Livre


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