BNews Nordeste
Publicado em 28/04/2023, às 07h27 Reprodução/Google Street View Marcelo Ramos
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou na quinta-feira, através de uma auditoria especial, a existência de funcionários fantasmas na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). De acordo com o órgão, foram desviados R$ 1,4 milhão para pagamento de três pessoas que não tinham vínculo empregatício com a empresa de capital misto com finalidade pública, entre os anos de 2021 e 2022.
O processo teve como relator o conselheiro Valdecir Pascoal e foi julgado pelo TCE na quarta (26). Na sessão, o tribunal determinou que a servidora Darília Oliveira de Araújo, então supervisora de serviços da folha de pagamento da Compesa, devolvesse aos cofres da companhia o valor desviado.
De acordo com o G1, o relatório da auditória foi assinado pelo conselheiro Valdecir Pascoal, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). O documento aponta que a servidora inseria dados falsos no sistema da empresa para desviar dinheiro.
Parte dos recursos ficava com ela, enquanto o restante dos valores era repassado para outras três pessoas. Ao todo, segundo o TCE-PE, foram realizados 80 créditos bancários para os envolvidos.
De acordo com o relatório, a divisão dos recursos se dava da seguinte forma:
R$ 205.043,31 ficaram com a servidora;
R$ 501.139,15 foram repassados para Maria Helena de Fontes Neta;
R$ 280.928,71 foram enviados a Ivania Regina Pereira de Souza;
R$ 421.157,77 foram pagos a Haroldo Alves da Silva.
Ao todo, foram desviados R$ 1.408.259,63. Nenhum dos outros envolvidos, com exceção da servidora, tinha vínculo com a Compesa, segundo o procurador Cristiano Pimentel.
Além da devolução dos recursos, o TCE aplicou uma multa no valor de R$ 27.549,00 contra a servidora. Também foi declarada a inidoneidade (falta de capacidade) dela para exercer cargos em comissão ou função de confiança e para fazer contratações com a administração pública.
O tribunal decidiu ainda que a Compesa implemente melhorias no processo de gestão da folha de pagamento em relação ao controle de acesso e alterações no sistema informatizado do setor de Gestão de Pessoas da companhia.
O processo será encaminhado para o Ministério Público do Estado de Pernambuco e à Segunda Delegacia de Combate à Corrupção do Estado de Pernambuco para que sejam investigadas as questões criminais envolvidas no caso.
Polícia prende mais um envolvido no assalto ao cantor Péricles
Carlos Muniz deve anunciar hoje novo partido; veja siglas cotadas
Traficante 'Mancha' fez companheira refém antes de morrer em ação policial