Polícia

Presidente da CPMI de Cachoeira aguarda relator para dar início aos trabalhos

Comissão vai investigar relações de bicheiro com agentes públicos e privados  |  

Publicado em 20/04/2012, às 15h41      Redação Bocão News

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) aguarda a indicação, pelo PT na Câmara, de um nome para a relatoria da chamada CPMI do Cachoeira a fim de traçar um plano de trabalho. Vital foi escolhido pelo PMDB no Senado para ser o presidente da comissão. Ele aceitou o convite feito oficialmente na tarde de ontem (19).



Segundo o senador, a instalação oficial da comissão e a escolha do relator serão fundamentais para a definição dos primeiros passos da investigação parlamentar. “Eu fui indicado pelo partido, mas ainda preciso ser eleito pela comissão. Eu estou recolhendo os nomes, a composição final será na terça-feira [24]. Meu ponto de partida será a escolha do relator. Vou discutir com ele o modelo de formatação [do trabalho]. Aí vamos definir o roteiro”, disse.

A finalidade da comissão é investigar as relações do empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira – preso por suspeita de explorar jogos ilegais – com parlamentares, agentes públicos, empresas privadas e autoridades. De acordo com Vital, a ementa de criação da CPMI é “muito ampla” por incluir como base de investigação as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. As duas operações tratam da máfia de jogos ilegais, como o do bicho e caça-níqueis, da qual Cachoeira é acusado de ser o controlador.

“Primeiro temos que saber o que foi apurado nisso [nas duas operações]. A partir daí vamos estudar tudo o que já foi investigado e ver o que precisa ser aprofundado”, disse o senador sem adiantar se as gravações telefônicas feitas pela PF serão solicitadas logo no início da CPMI.

Vital do Rêgo chegou a ser indicado pelo PMDB para ser o presidente do Conselho de Ética quando foi apresentada representação contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), principal parlamentar envolvido com Cachoeira. Por já ocupar o cargo de corregedor da Casa, no entanto, o senador não pôde assumir o cargo. Demóstenes também será investigado pela Corregedoria. Agora, Vital garante que não há incompatibilidade. “Eu não pude no Conselho de Ética porque já sou corregedor, já tenho uma função e havia uma incompatibilidade funcional. Agora não tem esse problema porque a comissão mista de inquérito é outro fórum”, explicou.
Informações da Agência Brasil.
 

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