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Delegado que apura caso do Pix na RecordTV convoca imprensa; o que esperar do encontro?

O caso do Pix na RecordTV Itapoan já causou a demissão de dois funcionários  |  Reprodução/RecordTV Itapoan

Publicado em 12/04/2023, às 08h21 - Atualizado às 08h21   Reprodução/RecordTV Itapoan   Nilson Marinho

O delegado responsável pelas investigações do suposto desvio de doações feitas via Pix por telespectadores da RecordTV Itapoan não concedeu entrevista à imprensa desde que o provável crime foi descoberto. Uma postura adotada pelas autoridades policiais com a justificativa de que a divulgação dos detalhes do inquérito, antes da sua conclusão, pode atrapalhar o andamento das investigações.

Nesta quarta-feira (12), a assessoria da Polícia Civil convocou jornalistas para uma entrevista coletiva com Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber). O encontro com a imprensa acontecerá no final da manhã, na sede da instituição que fica na Piedade, Centro de Salvador.

A Polícia Civil afirma que o delegado falará sobre “o andamento das investigações decorrentes de denúncias de fraudes cometidas por meio de transferências bancárias do tipo Pix, de valores que seriam doados a pessoas em situação de vulnerabilidade social, em apelos exibidos em um programa de televisão”. Até o momento, sabe-se que mais de 20 pessoas, entre funcionários e possíveis vítimas, já foram ouvidas.

Os suspeitos mais conhecidos são o ex-repórter da emissora, Marcelo Castro, demitido ao voltar de férias, e o ex-editor chefe Jamerson Oliveira, também posto para fora da empresa. Por meio da defesa, os dois "negam veementemente" a participação em qualquer tipo de crime.

Embora aqueles que acompanham o caso estejam ávidos por um desfecho do suposto desvio do Pix da RecordTV Itapoan, é provável, quase que certo, que na coletiva de imprensa desta quarta, o titular do DreofCiber se atenha apenas em atualizar, de forma genérica, em que pé está a investigação, sem nominar os principais suspeitos e vítimas, como a assessoria de imprensa da Polícia Civil já tem feito sempre que solicitada por colegas – respeitando os princípios da Lei de Abuso de Autoridade (13.869/2019).

Enquanto o caso não chega ao fim, os principais suspeitos amargam o linchamento virtual, sobretudo Marcelo Castro, o rosto mais conhecido, já que, diariamente, estava em milhões de domicílios durante exibições de matérias policiais exclusivas que ajudavam o programa “Balanço Geral” a manter o topo da audiência no horário do almoço.

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