A Justiça decidiu que Fábio Dias, homem que se passou por um médico cirurgião e deu esperanças a família do policial Yago da França Souza Avelar, responderá em liberdade pelos crimes pelo qual foi acusado: falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. A medida, que foi tomada durante
audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (10), também determinou o pagamento de dois salários mínimos, que Fábio já efetuou.
De acordo com os advogados de Fábio, que deram entrevista ao programa Cidade Alerta, o acusado nunca se passou por médico, apesar de ter enviado áudios com parecer clínico, ter um carimbo e estar com jaleco e estetoscópio quando foi preso. Os defensores alegam que Fábio, por ser amigo de Yago, foi chamado pela própria família para avaliar a saúde do policial.
Ainda segundo os advogados, Fábio cursou até o 5º ano de medicina na Argentina e, “por causa da pandemia e pela alta do dólar” não fez os dois anos de residência necessária para que ele pudesse exercer a profissão. Sobre os sobrenomes diferentes nos documentos, o que teria motivado a polícia a acreditar que um deles seria falso, a defesa alega que ele trocou de sobrenome ao se casar.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia, o falso médico se contradisse no depoimento, em relação a primeira abordagem. “As informações que ele trazia conflitavam com as oficiais. Policiais civis o abordaram e pediram a identificação médica. Ele disse, em um primeiro momento, que era formado em Stanford nos Estados Unidos. Já na delegacia, ele disse q tinha curso de medicina na Argentina, mas no interrogatório, ele voltou a se contradizer e revelou que não chegou a se formar”, disse o delegado Maurício Moradillo, titular da 1ª Delegacia Territorial (DT/Barros), responsável pelo caso.
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