Freira é indiciada por morte de grupo de idosos em asilo

Após denúncias de maus-tratos e omissão de socorro, a freira Adelaide Dantas, responsável pela Instituição de Longa Permanência Vila Vicentina Padre Libério (LPI), foi indiciada pela Polícia Civil. O caso teve ampla repercussão neste domingo (29), no programa Fantástico, da TV Globo. Ela foi responsável pela morte de pelo menos dez idosos, além de cometer outros crimes que teriam sido praticados na Vila Padre Libério, situada no município de Divinópolis, em Minas Gerais.

Acima de tudo, imagens colhidas pela corporação exibiram idosos amarrados ou mesmo trancados em seus dormitórios. Aos 55 anos, a religiosa assumiu o comando da Vila em 2015, razão pela qual se mudou para Divinópolis. Inicialmente, a freira passou por outras instituições de idosos - uma localizada no sul de Minas e outra no interior de São Paulo. Contudo, Adelaide Dantas deixou a instituição em maio do ano passado. 

Posteriormente, a Vila Padre Libério funcionou com o comando da Vigilância Sanitária. Um médico, técnicos e auxiliares de enfermagem, um advogado e outros integrantes da administração também foram indiciados. Ao todo, pelo menos 15 pessoas foram imputadas pelos supostos crimes cometidos no local.

“Temos depoimentos de funcionários que relatam que eles [idosos] eram castigados. ‘Se você fizer isso, você vai ficar contido, vai para a sala que era usada como cela que tinha grades e cadeado’. Então tinha esse tipo de ameaça que ficou demonstrada nos autos pelos depoimentos dos funcionários que trabalharam na Vila”, afirmou a delegada Adriene Lopes, em entrevista ao portal g1. 

Ao portal Metrópoles, o Conselho Nacional do Brasil (CNB), órgão da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), que comanda a Instituição de Longa Permanência Vila Vicentina Padre Libério, comunicou, por meio de nota, que afastou toda diretoria e funcionários supostamente envolvidos.

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