Polícia

Nova versão sobre a morte de médico baiano surge, mas família nega: 'narrativa mentirosa'

O médico baiano morreu a tiros em setembro do ano passado em Barra  |  Reprodução/Redes sociais

Publicado em 14/09/2022, às 09h37 - Atualizado às 09h47   Reprodução/Redes sociais   Redação BNews

Uma nova versão sobre a morte do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, de 44 anos, surgiu na terça-feira (13) durante uma audiência de instrução realizada com os cinco suspeitos do crime, no fórum de Barra, no oeste baiano, mesma cidade onde a vítima foi morta a tiros na clínica onde trabalhava, em setembro do ano passado. (veja vídeo abaixo)

De acordo com o irmão da vítima, Geraldino Gustavo, o atirador disse que foi contratado para matar o médico por um homem de Xique-xique, que morreu neste ano. Com essa versão, ele inocenta Diego Santos Silva, de 31 anos, o “Cigano”, que, segundo a polícia, teria confessado ter sido o mandante do crime.

A versão policial é de que Diego confessou durante depoimento que mandou matar o médico porque o profissional teria assediado sua esposa durante uma consulta. A defesa dele, por sua vez, nega que o cliente tenha confessado e afirma que o suspeito permaneceu em silêncio quando foi preso.

O atirador teria dito também que chegou à clínica pilotando a própria moto, e não na companhia de uma outra pessoa, como afirma o inquérito policial. Além disso, ele teria relatado que do casal que ficou dentro da clínica atuando como olheiro, apenas o marido sabia que o homicídio seria cometido. A mulher seria, portanto, inocente.

Revolta

A versão contada pelo o homem que disparou contra Júlio César não convenceu a família do médico.”Uma versão combinada pela defesa, onde o atirador passa a culpa para um criminoso que morreu neste ano [...] É uma narrativa mentirosa, sem qualquer fundamentação lógica, que podemos resumir como uma conversa para boi dormir. Na verdade, o Ministério Público pediu vistas e, depois de um prazo, a juíza vai analisar o caso", disse o irmão nesta quarta (14), em entrevista à TV Record Itapoan.

"É uma mentira mal contada, sem qualquer fundamentação, apenas para encobrir o verdadeiro mandante que pagou a esses cinco, comandado por Diego Cigano, para vitimar meu irmão. De um lado, nós temos a opinião da polícia, delegado, testemunhas e provas dos materiais colhidos. De outro, a conversa de um atirador que já cometeu vários outros crimes”, completou.

Antes da audiência de instrução, familiares e amigos de Júlio César saíram em caminhada pelas ruas de Barra, partindo da clínica onde ele foi morto em direção ao fórum do município. Eles acreditam em duas hipóteses: de que o médico teria sido morto por denunciar um abuso contra um dos seus pacientes, em 2016, e por uma possível disputa comercial.

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Tags homicídio Barra Júlio César Diego cigano pediatra médico baiano cliníca mandante do crime

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