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Suspeito de ser o mandante do homicídio de médico em Barra permanece em silêncio após se entregar

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Polícia conclui que ciúmes foi a principal motivação do crime   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/10/2021, às 10h33   Redação BNews


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Preso desde a última sexta-feira (22) ao se apresentar com o advogado na Delegacia Territorial de Barreiras, o acusado de mandar matar o médico Júlio César de Queiroz Teixeira permaneceu em silêncio em todo o depoimento, de acordo com a Polícia Civil durante uma coletiva na manhã desta segunda (25). 

O titular da 14ª Coorpin/Irecê, Ernandes Reis, informou que foi descoberto dois olheiros, um homem e uma mulher, na clínica no dia do crime em setembro no município de Barra. “Dias depois do crime tivemos uma resposta rápida com a prisão temporária de mais duas pessoas, totalizando quatro envolvidos já capturados”.

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Mesmo sem a confissão do autor, a motivação concluída no inquérito foi por ciúme, de acordo com o delegado Jenivaldo Rodrigues. A polícia chegou a essa conclusão a partir dos relatos dos envolvidos contratados pelo mandante e pela colheita de provas no caso. “O filho do acusado era atendido pelo médico há um tempo e, na última consulta, ele esteve presente. A partir de uma imaginação ilusória, ele desconfiou de que a vítima teria olhado para os seios da esposa dele e, então, tramou o homicídio”, explicou. 

A Polícia Civil reforçou que essa suposta “olhada” do médico não aconteceu e que todos os interrogados exaltaram a excelente reputação da vítima, além disso, ele trabalhava com a esposa, uma enfermeira, na clínica. 

O suposto mandante é investigado por participação em alguns homicídios na região de Barra e possuía uma relação abusiva com a companheira. “Pessoas ligadas ao acusado disseram que ele tinha olheiros para ficar perto da companheira e já tinha dito a ela que não aceitaria que tivesse outras relações”, disse o titular.

A diretora do Departamento de Polícia do Interior, delegada Rogéria da Silva Araújo informou que o acusado é temido na região por envolvimento com supostos crimes pesados e, que, as pessoas devem procurar as delegacias mais próximas para denunciar.

Já o advogado de defesa do acusado disse ao Balanço Geral que não teve acesso ao processo e que há muita especulação sobre o caso. Ele destacou que o cliente não confessou o crime e se entregou por vontade própria, orientado pela defesa. 

Atualizada às 13h33

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