Pedreiro agredido na frente dos filhos pelo Peto saiu de casa após ameaça

O pedreiro Nailson Santos da Silva, que foi abordado e agredido por policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto), da 65ª Companhia Independente da PM (CIPM), no último domingo (6), em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, precisou deixar a casa em que morava após ter sido ameaçado por um dos agentes. Ele diz que, além de ter a camisa rasgada, recebeu um golpe de fuzil.

A abordagem, que aconteceu na frente do imóvel onde ele vivia com a esposa e os dois filhos menores de idade, foi registrada pela esposa, que se indignou ao ver o marido sendo coagido pelos militares.

Nailson foi acusado de fugir ao avistar a equipe policial se aproximando da rua, mas ele esclarece que apenas entrou em sua casa para pegar o celular de seu ajudante. Enquanto questionava a abordagem ele teve a camisa rasgada por um dos PMs.

“Meu ajudante trabalhou um dia antes na minha residência e, no domingo, às 8h50, ele voltou para procurar o celular e eu liguei do meu aparelho para encontrar. Entrei na residência, não vi a viatura, não tinha noção que tinha polícia patrulhando, mas quando eu estava lá dentro, minha esposa me avisou que a polícia estava lá. Os agentes já tinham abordado meu ajudante. Eles estavam armados e começaram a me revistar, eu disse que eles não poderiam entrar na minha casa porque lá era um asilo inviolável”, disse o pedreiro em entrevista à TV Bahia.

Em comunicado, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que "o Comando de Policiamento Regional do Leste (CPRL) recebeu a denúncia, a qual foi encaminhada à unidade onde os policiais militares estão lotados, a fim de que se proceda com a investigação apropriada".

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