Política
Publicado em 29/12/2014, às 14h24 Paulo Macedo/Bocão News Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)
O presidente do DEM na Bahia e deputado federal eleito José Carlos Aleluia fez sua avaliação sobre a gestão do governador Jaques Wagner, que chega ao fim no próximo dia 31. Segundo ele, Rui Costa pegará uma máquina pública “com finanças destroçadas”. “O governo de Wagner, no nosso entendimento, deixou uma herança muito ruim para o seu sucessor [Rui Costa] que é seu amigo. As finanças do Estado estão destroçadas, o governo vinha de forma continuada tomando dinheiro emprestado para pagar as despesas e todos os investimentos que fez foi com dinheiro do governo federal, isso inclusive permitiu que ele fizesse um sucessor graças à performance que Dilma Rousseff tinha na época das eleições, mas que não tem mais”, relatou o democrata em entrevista ao Bocão News nessa segunda-feira (29).
No Congresso Nacional a partir de 2 de fevereiro, Aleluia também traçou um diagnóstico sobre o cenário político nacional que Wagner enfrentará pela frente, inclusive, segundo o dirigente do DEM, com disputa por candidatura do PT à Presidência da República em 2018.
“Aloizio Mercadante e Berzoini estão atacando Wagner e vice-versa. Existe uma guerra declarada entre Mercadante, Berzoini e Wagner pela sucessão de Dilma. Como não sou desse sistema, fico preocupado porque o governo está começando agora”, disse o futuro parlamentar e ex-secretário de Transporte de Salvador, na gestão do prefeito ACM Neto (DEM).
Ainda na avaliação do democrata, devido à disputa por ministérios com visibilidade política, Wagner teve que se “esconder” no Ministério da Defesa. “Wagner teve que se esconder nos quartéis, onde ele não poderá ajudar muito a Bahia. Espero que ajude pelo menos o Brasil a se defender melhor”, completou.
Aleluia afirma que o governador da Bahia não chegará a Brasília em bom momento e que apesar da importância que o petista comandará, o estado precisaria de uma pasta com maior importância. “Ele não chega em bom momento. As Forças Armadas estão muito insatisfeitas com o governo, mas como ele tem habilidade política, espero que se saia bem. Mas, nitidamente, com a ida dele para o Ministério da Defesa, embora seja um ministério importante, a Bahia precisaria ter um ministério com maior capacidade operacional. Infelizmente não foi o caso. Embora eu entenda que o ministério seja muito importante, o governo não tem dado importância à Defesa, tem dado mais importância ao partido do que ao estado”, alfinetou.