Política
Publicado em 15/05/2015, às 00h02 Teones Araújo Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)
“Eu nunca me encontrei com esse moço [Youssef]. Ele disse na delação dele de que o deputado João Leão não tinha absolutamente nada com isso. O Paulo Roberto também”, disse. “Se Zé e Mané dizem que não me conhecem e que eu não tinha envolvimento, vou pedir de novo a retirada de meu nome”, completou.
O vice-governador repercutiu a informação dada pelo deputado Luiz Argolo (SD) de que havia conhecido o doleiro Alberto Youssef na casa do atual conselheiro da Tribunal de Contas de Município e ex-deputado federal, Mário Negromonte. “Eu não tenho nada a ver com essa história. Quando isso aconteceu eu estava na Infraestrutura do estado, levei dois anos fora do Congresso porque fui da Casa Civil da prefeitura de Salvador. Se ele conheceu o cara no apartamento funcional, eu não estava la”, explicou.
Indagado pelo Bocão News, Leão comentou a repercussão de uma declaração sua dada à Folha, no início das divulgações de nomes da Operação Lava Jato quando afirmou que estava “cagando e andando” para o assunto. “Não esperava essa repercussão. Eu disse aquilo, pois eu me senti ultrajado. Eu ficava pensando: o que é que eu tenho a ver com isso? Porque meu nome foi parar nessa história? Eu sonho dia e noite com a Seplan e só. Não tenho a mínima preocupação com isso. Eu não tenho culpa. Quando você não é culpado não precisa se preocupar”, disse.
O pepista disse ainda que pode vir o que vier. “Respeito à justiça, só que não vão conseguir jogar lama na minha história de vida”, completou.
CODEVASF e JAMES CORREIA
A nível estadual, sobre a saída de James Correia da secretaria de Desenvolvimento Econômico, o vice-governador comentou que não ficou com mágoas da decisão tomada, apesar da imprensa veicular, inclusive pelo Bocão News, de que ele foi o motivador da retirada do quadro, um dos queridos de Jaques Wagner. “Eu gosto muito dele, não sei porque criaram isso. Eu sempre tive dedicação e amizade por ele. Eu continuo amigo de James”, respondeu.
Leão lembrou das indicações de cargos importantes do governo. “As pessoas não olham para a história da pessoa, como Jairo Vaz que foi para a Sudic. Ele é competente, engenheiro e que está fazendo um trabalho excepcional na superintendência. Eu ajudei o governador a se eleger ou não ajudei? Nosso partido fez um trabalho em parceria com o PT? Hoje temos uma coligação de todos no mesmo barco em busca do desenvolvimento da Bahia”, discorreu.
Vale lembrar que nesta quinta-feira o governador Rui Costa escolheu Jorge Hereda como substituto de Correia na pasta.
PONTE SALVADOR ITAPARICA
“Salvador não pode ter só uma entrada e uma saída. De um lado da Baia de Todos os Santos temos 74% de arrecadação do estado e do outro nem 1%. Temos que dinamizar, articular e desenvolver isso. Parte do progresso da Bahia está nessa ponte”, defendeu.
Indagado pela crise financeira que pode prejudicar os investimentos na obra, Leão respondeu que o problema pode ser solucionado com uma parceria internacional. “No cenário atual a Bahia não tem e nem o Brasil, mas o mundo tem. Podemos fechar parcerias com outros países com o a China, por exemplo”, argumentou.
No entendimento do titular da Seplan, a Operação Lava Jato não prejudicará o desenvolvimento da obra futura, pois a licitação não ficará restrita só ao Brasil, mas a outras empresas de nível internacional. “Temos construtoras de fora da Itália, por exemplo, com interesse. Uma construtora de médio porte que não está envolvida nessa operação pode firmar consórcio com uma construtora chinesa”, disse.
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