Política
Publicado em 26/06/2015, às 17h50 Divulgação Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)
O desabamento de uma das paredes do antigo prédio da prefeitura de Serrinha, tida como a construção mais antiga desde a constituição da cidade, fez suscitar a discussão sobre a preservação do patrimônio histórico do maior município da região do sisal. Na última semana, por conta das fortes chuvas, a estrutura centenária, datada da fundação do município serrinhense, cedeu. O fato provocou setores da oposição da política local que acusam o prefeito Osni Cardoso (PT) de negligência ao bem público e histórico local.
Em contato ao Bocão News, a vereadora Aloísia Carneiro (DEM), fez criticas ferozes a administração do petista. De acordo com a demista, o Ministério Público havia sido notificado desde 2011 sobre a situação precária do prédio, datado de 139 anos. "O prédio está desocupado desde o início da década de 2000. Atualmente a prefeitura funciona em um prédio particular, alugado, onde foi gasto muito dinheiro para adequação para funcionamento da estrutura administrativa. O aluguel em 2012 variava entre R$ 12 a 15 mil mensais. Entre os anos de 2009 e 2011 foram gastos em média R$ 2 milhões para implantar o centro administrativo, porém outros prédios foram alugados para o funcionamento de outras secretarias", afirmou a parlamentar municipal.
"Confesso que não sei de quem foi a triste ideia de transferir a sede para outro prédio, que também é uma riqueza cultural do ponto de vista da arquitetura. Quem quer que tenha sido, foi mal iluminado, foi infeliz. Desprezou a história de Serrinha. O que estaria por trás dessa escolha? o que motivou comprar um prédio, quando já se tinha sede própria? O fato é que compraram, se mudaram e não conservaram", completou.
Sobre o desabamento do antigo prédio da prefeitura, o prefeito informou que com as fortes chuvas, uma bica estourou e a parede, de adobo, desabou. "Nós já contatamos várias entidades, como o Instituto do Patrimônio Histórico, e vamos recuperar o prédio. Já havia um projeto nosso de recuperação em andamento. Diante da gravidade, vamos reformar as duas construções e mais uma terceira. As últimas gestões não zelaram pelo patrimônio e agora vamos buscar por isso", disse.