Política
Publicado em 24/07/2015, às 06h16 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
De acordo com o MPF, Nestor Cerveró “confundiu o público e o privado, atuando na Petrobras visando seus próprios interesses, de seus comparsas e das empresas corruptoras”. Já Fernando Baiano atuava como um operador financeiro, indicando e controlando contas para o pagamento de propina que era feito por Júlio Camargo.
Baiano é apontado como operador das propinas pagas ao PMBD e em audiência da semana passada foi chamado de “sócio oculto de Eduardo Cunha” por Júlio Camargo.
As alegações finais do MPF foram apresentadas nesta quarta-feira. Os pedidos de condenação são referentes ao processo que investiga o pagamento de propina durante o processo de compra de dois navios sonda entre 2006 e 2007. A Petrobras comprou os navios por R$ 1,2 bilhão da empresa coreana Samsung Heavy Industries, em parceria com a Mitsui, ambas representadas por Julio Camargo.
Camargo relatou à Justiça que o negócio renderia US$ 53 milhões de comissão a ele, dos quais US$ 40 milhões seriam direcionados a agentes políticos.
Depois das apresentações das alegações finais do MPF, a Petrobras ainda deve se pronunciar, pois figura como assistente de acusação neste processo. Em seguida, os advogados de cada um dos réus também deverão apresentar suas alegações finais por escrito.
Por fim, o juiz Sérgio Moro dará a sentença, afirmando quem vai ser condenado e qual pena terá que cumprir. A sentença não deve sair tão cedo. Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que antes da decisão, o juiz Sérgio Moro deve prestar informações sobre a citação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB – RJ). Na semana passada, Júlio Camargo afirmou que foi pressionado por Cunha a pagar US$ 10 milhões de propina, dos quais metade iria para o parlamentar.
Publicada às 14h do dia 23 de julho