Política
Publicado em 11/09/2015, às 13h15 Reprodução Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Argôlo, que está preso em Curitiba, foi interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro. Segundo o Estadão, praticamente todo o depoimento do ex-deputado se concentrou sobre uma figura emblemática do esquema de corrupção e propinas que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014, o doleiro Alberto Youssef.
Em delação premiada, Youssef relatou pagamentos de valores ilícitos para muitos deputados, entre eles Argôlo. O doleiro chamava Argôlo de ‘bebê johnson’ porque o então deputado lhe pedia dinheiro insistentemente e ‘chorava o tempo todo’.
A força-tarefa da Operação Lava Jato constatou que Luiz Argôlo esteve 52 vezes em um escritório do doleiro, na Avenida São Gabriel, em São Paulo, entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012. E mais 26 vezes em outros escritório de Youssef, na rua Renato Paes de Barros, entre março de 2013 e fevereiro de 2014.
Os investigadores constataram ainda que o então deputado recebeu R$ 1,24 milhão do doleiro entre setembro de 2012 e janeiro de 2014, em 17 pagamentos. Ao juiz Moro, Argôlo afirmou que teve dois negócios com o doleiro, um envolvendo a venda de um terreno por R$ 900 mil em Camaçari (BA) e outro a compra de um helicóptero.
Para a intensa troca de contatos com o doleiro, o ex-deputado apresentou a seguinte versão. Ele disse que o doleiro nunca pagou o que lhe devia, por isso cobrava Youssef com frequência.