Política
Publicado em 31/10/2015, às 23h33 Redação Bocão News (@bocaonews)
Os dois foram acusados pelo Ministério Público Federal de serem mandantes do crime. A chacina aconteceu em 28 de janeiro de 2004 na zona rural de Unaí, Noroeste de Minas. Os auditores fiscais Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e João Batista Soares Lage e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados a tiros dentro de uma caminhonete do ministério, enquanto trabalhavam na região. O crime, conforme a denúncia, foi por encomenda. Além dos dois condenados, são acusados de serem mandantes da chacina o exprefeito de Unaí, também fazendeiro e irmão de Norberto, Antério Mânica, e outro cerealista, Hugo Pimenta, que serão julgados, respectivamente, em 4 e 10 de novembro.
Como já haviam sido presos ao longo do processo, o tempo de cadeia de cada um foi reduzido. Ao final, caberá a Norberto 98 anos, seis
meses e 24 dias de prisão. Para José Alberto, o período final foi de 96 anos, cinco meses e 22 dias. O julgamento teve início na terçafeira. Durante o juízo, Norberto, que é acusado de ser o mentor do crime, negou participação. Já José Alberto, confirmou que entrou em contato com Francisco Pinheiro, contratante dos pistoleiros e motorista para o crime, mas admitiu envolvimento apenas em uma morte, a de Nelson. O empresário negou ter tomado conhecimento que outras três pessoas seriam assassinadas.
Os executores do crime, Rogério Allan Rocha Rios, Erinaldo Vasconcelos Silva e Willian Gomes de Miranda cumprem, desde 2013, penas
que variam de 56 a 94 anos de prisão. Francisco morreu na cadeia de acidente vascular cerebral no mesmo ano, antes de ser julgado.
Para os assassinatos, os quatro teriam recebido R$ 39 mil.A procuradora Miriam Lima disse que a decisão foi "compatível com os anseios
do Ministério Público Federal". O advogado de Norberto Mânica, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que vai recorrer, sob argumento de falso testemunho pelo
principal acusador.