Política
Publicado em 10/01/2016, às 14h15 Paulo M. Azevedo Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
As menções ao nome do ministro e conversas diretas entre Pinheiro e Wagner foram reveladas na quinta-feira passada pelo Estado. Os diálogos indicam, por exemplo, que o então governador da Bahia teria ajudado a OAS na liberação de recursos do governo federal. Ele também teria intermediado o financiamento de campanhas municipais em Salvador em 2012, no período em que esteve no governo estadual. Os investigadores identificaram que, nas conversas, os executivos usam as iniciais JW como uma das maneiras para se referir a Wagner.
“Que ótimo, como foi na Funcef, o nosso JW me perguntou. Bjs.” O emissário da mensagem escreve de um número não identificado pelos investigadores. A resposta, cerca de três minutos depois, partiu de um número da OAS a Pinheiro: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, deloite. Agora, precisaremos de JW, na aprovação final. Bjo”.
As conversas são de julho de 2013. Quatro meses depois, em novembro do mesmo ano, a diretoria executiva da Funcef aprovou a compra de cotas de até R$ 500 milhões em um fundo da OAS - o FIP OAS Empreendimentos. A Funcef confirma ter feito um aporte de R$ 200 milhões. Na ocasião, a Funcef contratou a consultoria Deloitte para fazer uma avaliação econômico-financeira na OAS, o que serviu para determinar o valor do investimento.
Fonte: Estadão