Política
Publicado em 14/09/2016, às 18h14 Reprodução Redação Bocão News
Defensor de Cunha desde o início do processo de cassação, Marun queria a apreciação do voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), com pena mais suave para o peemedebista.
Para a defesa de Cunha, o destaque de Marun deveria ter sido submetido ao plenário, o que não foi feito. Maia decidiu que os deputados iriam votar o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), aprovado pelo Conselho de Ética, e não o voto em separado apresentado no colegiado pelo deputado João Carlos Bacelar, que pedia a suspensão do mandato de Cunha por três meses, livrando-o da cassação.
A Secretaria-Geral da Mesa esclarece que embargos de declaração são uma modalidade de recurso não prevista pelo regimento interno da Casa. Após análise da SGM, a demanda será encaminhada ao presidente da Câmara, a quem cabe a decisão de dar andamento ou não. Como se trata de um recurso que não é previsto pelo regimento interno, não há prazo para que Maia tome uma decisão sobre o tema. Porém, internamente, o entendimento é de que a tentativa da defesa de Cunha não prosperará.
Cunha foi cassado na última segunda-feira (12) por 45o votos a 10, com nove abstenções, Além da perda de mandato, o peemedebista é atingido pelos efeitos da Lei da Ficha Limpa e, consequentemente, também fica condenado à perda dos direitos políticos por oito anos, com declaração automática de inelegibilidade.