Política

PF cumpre mandado na casa do ex-ministro Mario Negromonte

A ação faz parte da Operação Hidra de Lerna que também acontece no Distrito Federal e no Rio de Janeiro  |  Vinicius Ribeiro / Bocão News

Publicado em 04/10/2016, às 07h21   Vinicius Ribeiro / Bocão News   Redação Bocão News

 
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (4) mandado na casa do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Mario Negromonte, no Alto do Itaigara, em Salvador. A ação faz parte da Operação Hidra de Lerna que também acontece no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. Serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão.
 
 
Uma das delações premiadas que originou a operação Hidra de Lerna foi do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, investigado na Acrônimo. A nova ação da PF foi deflagrada nesta terça-feira (4) contra grupo criminoso responsável tanto pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia quanto por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades, que já foi comandado por Mario Negromonte. 
 
Bené disse que Marcio Fortes, ministro das Cidades do governo Lula, recebeu 1 milhão de reais de um esquema para dar a conta da pasta à Propeg, em 2010. Ele também disse em delação premiada que o ex-ministro das cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Mário Negromonte, recebeu propina de R$ 1 milhão. Assim como Negromonte, o ex-deputado Pedro Corrêa também teria recebido valor equivalente a 10% do contrato de publicidade.
 
 
Esta não é a primeira vez que a residência do ex-ministro é alvo da PF. Em junho do ano passado, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Politéia na Bahia e em outros estados. Na época, um dos alvos foi o gabinete do conselheiro e também a casa de Negromonte.
 
 
O que diz Mario Negromonte:
NOTA À IMPRENSA


Relativamente aos fatos noticiados na data de hoje, acerca da deflagração da “Operação Hidra de Lerna” pelo Departamento de Polícia Federal, em cumprimento de ordem emanada do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, tenho a informar que o mandado de busca e apreensão cumprido em minha residência foi expedido em face de declarações prestadas por colaborador nos autos do Inquérito 1.124/DF. Conforme expressa disposição legal, as informações prestadas pelo colaborador não se prestam a subsidiar juízo condenatório em face de quem quer que seja. Qualquer colaboração há que estar lastreadas em elementos concretos que venham a corroborar o quanto informado em sede de colaboração premiada. Até o momento, inexiste qualquer indício material que corrobore as declarações de qualquer colaborador em meu desfavor, muito embora as investigações já se arrastem por mais de dois anos. Persevero confiando na atuação do Poder Judiciário, que, certamente, ao final das apurações, concluirá pela inexistência de qualquer fato que desabone a minha conduta.

Salvador, 4 de outubro de 2016.


MÁRIO SILVIO MENDES NEGROMONTE
 

 
Delator diz que Mário Negromonte recebeu propina de R$ 1 milhão
 
 

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