Política
Publicado em 18/10/2016, às 07h22 Redação Bocão News
O receio é que o conteúdo da delação premiada venha a atingir o núcleo duro do Palácio do Planalto e até aliados de peso no Poder Legislativo, o que geraria turbulências nesta reta final de ano e prejudicaria votações de interesse do presidente. Até o momento, informações preliminares envolvendo a delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empresa, Claudio Melo, apontam envolvimento dos ministros Moreira Franco (Programa de Parcerias do Investimento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Eles teriam negociado recebimento de recursos com a empreiteira baiana. Os três negam qualquer irregularidade.
O caso mais detalhado é o que envolve Moreira Franco, que teria recebido dinheiro em troca de vetar a proposta, a pedido da Odebrecht, de construção do terceiro aeroporto privado em São Paulo.
Para evitar uma contaminação do clima hoje favorável no Congresso, a ordem da equipe presidencial é tentar acelerar a tramitação da principal medida governista, o teto dos gastos públicos, e apresentar a reforma previdenciária em seguida.