Política
Publicado em 04/07/2017, às 15h22 Folhapress
Alves, que sempre fez parte do núcleo de confiança do presidente Michel Temer, pediu demissão em junho de 2016, após ser citado em delações. A tratativa foi assinada com o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual e aguarda a homologação do juiz da 14ª Vara do Rio Grande do Norte, Francisco Eduardo Guimarães Farias. Desde sexta-feira (23), ele está solto.
Segundo envolvidos nas investigações, nos anexos que integraram sua proposta de delação, Queiroz detalhou os contratos que fez usando a Pratika em campanhas de Alves e outros políticos realizadas entre 2010 e 2016. Ele detalhou como usou contratos fictícios da empresa para irrigar as campanhas de Henrique Alves arcando com custos de mobilizações de militâncias, repasses a assessores e políticos. O empresário também detalhou saques de propina que fez em espécie em caixas de bancos.
Preso na Operação "Manus", que investiga propina paga pelas empreiteiras OAS, Odebrecht, Carioca Engenharia e Andrade Gutierrez ao ex-ministro em troca de benefícios junto ao governo, Queiroz ocupou as secretárias de Turismo e Obras da capital potiguar por indicação do próprio Henrique Alves.
Além de homem forte de Temer, Henrique Alves foi ministro de Dilma Rousseff no segundo mandato, também na pasta do Turismo.
Procurada, a defesa de Fred Queiroz não atendeu as ligações da reportagem.