Política

Após integração, governo e prefeitura travam batalha sobre tarifa do metrô

Publicado em 10/08/2017, às 11h02   Gilberto Jr / BNews   Tiago Di Araujo

Nesta quarta-feira (9), a prefeitura fez o anúncio da integração de 100% das linhas de ônibus ao metrô da capital baiana. Porém, o caso ainda não parece ter sido resolvido por completo, já que o governador Rui Costa afirmou que não vai se pronunciar sobre a "antecipação" da prefeitura em relação ao assunto, sem mesmo bater o martelo com o governo. 
 
Mas, as batalhas entre governo e prefeitura estão longe de ser apenas em torno da integração. Outro embate entre as partes acontece no assunto tarifário. A divisão dos valores ainda incomoda o município, como deixa claro o secretário de Mobilidade, Fábio Motta. "Temos outra discussão que é a questão tarifária. Essa discussão continua", disse em entrevista ao apresentador José Eduardo, na rádio Metrópole FM, na manhã desta quinta-feira (10). 
 
Segundo o titular da pasta, com a integração, o valor da passagem de R$ 3,60 está sendo dividido em R$ 1,42 para os ônibus e R$ 2,18 para o metrô. "Estamos propondo meio a meio. Queremos essa refazer a divisão tarifária", explica. A questão deve ser resolvida no próximo dia 14, durante reunião entre as partes no Ministério Público. 
 
O encontro, por sinal, foi destacado por Rui ao ser questionado pelo assunto. “Não vou fazer nenhum comentário, vou aguardar a reunião de segunda feira com o Ministério Público, onde convidou o governo e a prefeitura e espero que possamos chegar a um entendimento. Hoje a prefeitura fez um importante anúncio, acho um avanço, mas prefiro dar opinião depois da reunião. Porque aí teremos um detalhamento da proposta e saber se chegamos ou não a um acordo”, afirmou em entrevista na abertura da Campus Party Bahia na noite desta quarta. 
 
E não para por aí. De acordo com Mota, além da integração e tarifa, será discutido também a questão dos ônibus metropolitanos que entram em Salvador. Já outros problemas, como lotação dos ônibus, longa extensão de algumas linhas, demora no ponto de ônibus, entre outros, serão pontos a serem discutidos nos estudos da prefeitura. 
 
Inclusive, os tais estudos foram a justificativa dada pelo secretário para o anúncio "antecipado" da integração ao negar estratégia de marketing para sair na frente do governo. "Para resolver certos problemas é preciso redesenhar o sistema, o que passa pela integração. Então, foi anunciada ontem porque temos que fazer o redesenho das linhas com o metrô e precisamos iniciar os estudos", garante. 
 
Mota aproveitou para explicar que o "transporte público é competência do município". "Não precisa de autorização do governo e nem do presidente da República", frisou o secretário ao falar sobre não ter definido todos os pontos com o governo antes do anúncio. Já sobre os empresários dos ônibus, o secretário enfatizou que não há alternativa contrária para categoria. "Integração é matéria da concessão. As discussões foram feitas quando assinamos o contrato. Não estamos extrapolando nada. Foi comunicado a todos". 

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