Política
Publicado em 20/08/2017, às 09h35 Reprodução Folhapress
A de Gilmar afirmou que o tema foi a reforma política em debate no Congresso e o parlamentarismo, sistema de governo defendido por Temer e por alguns líderes de partidos governistas. A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com Maia neste sábado. O encontro também não foi registrado nas agendas dos presidentes da Câmara e do TSE.
Com um histórico de idas e vindas e de muito improviso, a reforma política pode ter alguns de seus pontos votados na próxima semana pela Câmara, entre eles a criação de mais um fundo público para abastecer as campanhas e a mudança do modelo de eleição para o legislativo.
Temer e Gilmar já se encontraram outras vezes sem registro oficial em suas agendas. No último dia 8 o presidente da República recebeu também fora da agenda a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A visita veio a público após ser registrada por um cinegrafista da TV Globo, por volta das 22h.
Ela disse à Folha que o motivo do encontro foi a discussão de detalhes de sua posse. O episódio em que Temer ficou sob ameaça de perder o cargo -a conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, da JBS&- também ocorreu no final da noite, fora da agenda oficial da Presidência da República.
CRÍTICAS
Gilmar tem se dedicado a debater a instituição do parlamentarismo no Brasil. Rejeitado pela população brasileira em dois plebiscitos, o último em 1993, o parlamentarismo é composto por um governo comandado por um primeiro-ministro escolhido pelo Poder Legislativo, que pode trocá-lo a qualquer tempo. O atual sistema brasileiro é o presidencialismo.
Gilmar também tem criticado a proposta da reforma política debatida pelos deputados, em especial o ponto que limita mandato de novos ministros do Supremo. "Não posso deixar de registrar, a proposta de fixar mandato de 10 anos para tribunais é mais uma das nossas jabuticabas [...] Podemos até discutir mandato para corte constitucional, mas não na reforma política. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", disse.