Após denúncias contra Orlando Silva, publicadas na revista Veja desta semana, em que um ex-militante do PCdoB o acusa de ter recebido propina na garagem do ministério, a oposição aproveitou para manifestar repúdio e reforçar denúncias contra o ministro dos Esportes. "Não é a primeira vez que Orlando Silva é acusado de comandar esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa atender estudantes da rede pública", diz ACM Neto (DEM), líder da oposição no governo.
O democratas afirma já ter acionado o Tribunal de Contras da União (TCU) e a Procuradoria Geral da República (PGR) por conta disso. "Das outras vezes, o ministro se fez de desentendido, por "não haver prova" que o ligasse diretamente às denúncias. Se for pela lógica do próprio Orlando Silva, agora é diferente. Gente do grupo dele, do PC do B, que participou diretamente das decisões de seu partido, fez as acusações", reforça Neto.
O deputado federal ainda comenta que "governo não deve ser ponte para beneficiar agentes públicos ou partidos. O PC do B, de acordo com o seu próprio militante, transformou o Ministério do Esporte em um espaço para arrecadar e fazer caixa dois de campanha. E quem se tornou o grande operador disso tudo foi o próprio Orlando Silva".
"A demissão de Orlando Silva não é o bastante. Polícia Federal, PGR e TCU precisam investigar a fundo esse esquema no Ministério dos Esportes. O Democratas, na Câmara dos Deputados, vai fazer a sua parte para que tudo seja esclarecido, de acordo com o que está previsto na Constituição e no Regimento Interno da Casa", conclui.
O ministro Orlando Silva utilizou o twitter para repudiar a reportagem chamando-a de “farsa” e declarou que fará uma entrevista coletiva em Gualadajara, onde está para acompanhar o Panamericano e participar do Conselho de Ministros dos Esportes das Américas, para responder à denúncia.
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