Política
Publicado em 09/05/2019, às 20h52 Agência Câmara Eliezer Santos
O comando da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional (FPE) precisou contornar os rumores de que estaria se articulando para derrubar o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que flexibilizou o porte de armas.
Em nota enviada ao BNews, o presidente da bancada Silas Câmara (PRB-AM) afirmou que a informação publicada na manhã desta quinta-feira (9) pelo ‘O Globo’ e replicada por outros veículos “foi uma manifestação isolada”.
A publicação do jornal carioca foi feita com base na declaração do deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), integrante da bancada evangélica, que disse ter mobilizado alguns colegas para apresentar decreto legislativo contrário ao texto de Bolsonaro.
Cavalcante é ligado à igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que é liderada pelo pastor Silas Malafaia.
“A FPE não tem posição oficial sobre o referido decreto presidencial, e o assunto jamais foi debatido pelos membros da Frente”, pontuou Silas Câmara.
A medida de Bolsonaro estendeu o direito a mais de 20 categorias, dentre as quais estão advogados, caminhoneiros, agentes de trânsito e políticos eleitos.
“Cumpre lembrar que é da tradição protestante a defesa cabal da vida e da propriedade privada, como valores intrínsecos de uma sociedade verdadeiramente democrática. Portanto, se impõe a criação de mecanismos que possibilitem ao cidadão de bem efetivamente proteger seus bens, sua vida e de seus familiares”, diz trecho da nota.
O cristão amazonense tratou como “ilações” as especulações de que os congressistas da bancada estariam em articulação para a derrubada do decreto como forma de retaliação à criação de imposto que incidiria sobre bens e valores de propriedade de organizações religiosas.
Sobre a referida tributação, Silas Câmara registrou que o presidente Bolsonaro “já se pronunciou em público ser totalmente contra a instituição desse tipo de tributo”.
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