Política

Após atacar governadores do Nordeste, Bolsonaro diz que imprensa distorce suas declarações e sente saudades do PT

"Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo", escreveu no Twitter   |  Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 20/07/2019, às 15h32   Valter Campanato/Agência Brasil   Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (20) que a imprensa brasileira distorce as suas declarações públicas e que os veículos de comunicação "morrem de saudades do PT".

Em mensagem nas redes sociais, ele reagiu às críticas aos seus recentes posicionamentos. Nesta sexta-feira (19) o presidente disse que não há fome no Brasil, chamou os governadores nordestinos de "paraíbas" e atacou a jornalista Miriam Leitão.

"Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Palácio do Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má-fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos", disse, referindo-se a um café com correspondentes estrangeiros nesta sexta-feira.

 

- Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de julho de 2019

 

Ele afirmou ainda que sempre defendeu a liberdade de imprensa, "mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT".

 

- Sempre defendi liberdade de imprensa, mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de julho de 2019

 

Bolsonaro depois acrescentou, também em redes sociais: "Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados".

 

- Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de julho de 2019

 

Em um dia de declarações controversas em sequência, o presidente também criticou a multa de 40% do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Ele ainda criticou o filme "Bruna Surfistinha', mesmo admitindo que não o assistiu, e disse que vai extinguir a Ancine (Agência Nacional do Cinema) se o órgão não tiver filtro.

A crítica feita pelo presidente nas redes sociais adota tom semelhante ao de seu filho e vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que criticou encontro de seu pai com jornalistas da imprensa internacional.

“Por que o presidente insiste no tal café da manhã semanal com ‘jornalistas’? Absolutamente tudo que diz é tirado do contexto para prejudicá-lo. Sei exatamente o que acontece e por quem, mas não posso falar nada porque senão é ‘fogo amigo’. Então tá, né?! O sistema não parará!”, afirmou Carlos nesta sexta.

 

Por que o Presidente insiste no tal café da manhã semanal com “jornalistas”? Absolutamente tudo que diz é tirado do contexto para prejudicá-lo. Sei exatamente o que acontece e por quem, mas não posso falar nada porque senão é “fogo amigo”. Então tá, né?! O sistema não parará!

— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 19 de julho de 2019

 

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